Atravessamos atualmente uma das mais devastadoras crises do capitalismo, com uma diminuição brutal da oferta de trabalho nos países desenvolvidos, cujas implicações políticas já apresentam um forte incremento do xenofobismo e de movimentos reacionários que visam tirar direitos dos trabalhadores. No Brasil, o governo Lula/Dilma segue a mesma cartilha e pretende pendurar a conta da crise nas costas dos trabalhadores brasileiros.
O governo do PT passou o ano de 2011 sobressaltado por queda de ministros envolvidos em escânda-los de corrupção e tentando consertar a irresponsabilidade fiscal utilizada para eleger Dilma, e não conseguiu estabelecer uma agenda de reformas para fazer o país retomar o crescimento de forma sustentável e reverter o processo de desindustrialização que está fazendo o país regredir à sua condição colonial de exportador de matéria-prima.
A desindustralizaçao é hoje a principal ameaça aos trabalhadores brasileiros, que cada vez mais veem os seus empregos exportados para outros países mais competitivos, com o câmbio mais adequado e juros civilizados. Agindo de forma errática o governo Dilma já lançou três versões de um plano para estancar a sangria da industria nacional, o que só fez serviu para transferir imensas quantias do BNDES para alguns empresários escolhidos por sua proximidade com o poder.
Soma-se a isso o aumento de impostos e o processo de corrosão da renda propiciados pela inflação, que ameaçam as conquistas recentes proporcionadas pela estabilidade econômica e sinalizam que os trabalhadores pagarão a conta pela farra fiscal e pela incompetência gerencial dos governos Lula/Dilma.
Mas os trabalhadores não estão parados. Assistimos a greves nas obras do PAC, por melhores salários e condições de trabalho. Os funcionários públicos têm cobrado as promessas da campanha eleitoral. Outras categorias fazem valer seus direitos através de luta e mobilização.
O governo demonstra notória incapacidade de resolver nossos problemas de infraestrutura física e humana. Basta ver a paralisia de inúmeras obras do PAC e o precário estado dos serviços públicos da educação, saúde e segurança que vivencia o povo todo dia. É incapaz, também, de promover as reformas democráticas do Estado que necessitamos para melhor enfrentar os desafios do mundo globalizado.
Assistimos à velha maneira de governar em que os maiores beneficiários são os rentistas do sistema financeiro, que absorvem a maior parte do orçamento público via rolagem da dívida interna, e as elites políticas tradicionais e novas mantidas pela generosa distribuição de cargos e benesses na máquina pública.
Neste 1º de maio, a luta dos trabalhadores para garantir seus empregos e suas conquistas perpassa pela denúncia de um governo pretensamente "dos trabalhadores", mas que governa um Estado que continua a ser agente de concentração de renda.
O Partido Popular Socialista - PPS solidariza-se com a luta dos trabalhadores e apresenta-se como seu instrumento de mobilização e organização para resistir e avançar na luta por melhores salários e condições de trabalho!
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