quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

MENSALINHO DA CÂMARA DE FLORIANÓPOLIS

Eleição na Câmara: Conselho de Ética vai apurar denúncias


Reunida esta tarde, a Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Florianópolis deliberou acionar seu Conselho de Ética e Decoro Parlamentar para apurar supostas irregularidades ocorridas durante o processo de eleição de sua nova Mesa Diretora para o biênio 2011-2012, ocorrida na última terça-feira. Sob a presidência do vereador Renato Geske (PR) e com participação de Erádio Gonçalves (DEM) como vice, além de Edinon da Rosa/Dinho (PSB), Celso Sandrini (PMDB) e Dalmo Meneses (PP) na condição de membros, o Conselho de Ética vai se reunir já nesta sexta-feira para estabelecer sua rotina de trabalho em relação ao assunto. Uma das primeiras deliberações deverá ser a definição dos nomes dos vereadores a serem ouvidos acerca das denúncias veiculadas na imprensa.

Conforme o regimento, o Conselho tem prazo de 60 dias para apresentar seu relatório, ao final do qual será submetido para decisão do plenário. Não havendo confirmação dos fatos denunciados, deverá ser arquivado. Caso contrário, os implicados poderão perder seus mandatos. Na reunião desta tarde a Mesa Diretora recebeu dois documentos. Um assinado pelo vereador João da Bega Itamar da Silveira (PMDB), que após perder a eleição, terça-feira, denunciou que votos para a chapa de oposição teriam sido comprados. O outro tem a assinatura dos nove vereadores que votaram no colega Jaime Tonello (DEM), eleito novo presidente. Ambos os documentos pedem à Mesa Diretora uma ampla investigação sobre os fatos.

Após a reunião, o presidente da Câmara, vereador Gean Loureiro (PMDB) foi à sede do Ministério Público de Santa Catarina, pedir que também apure as  denúncias.

O MPSC também devevai abrir um inquérito para apurar a denúncia de compra de votos na eleição da Câmara de Vereadores de Florianópolis, requisitando ainda  a abertura de um inquérito pela Polícia Civil para apurar possível ocorrência de corrupção ativa e passiva.

Delegado da Deic investigará o que chamou de "mensalão municipal" em Florianópolis

A Diretoria Estadual de Investigações Criminais investigará o caso de possível compra de votos na Câmara de Vereadores de Florianópolis. Depois de analisar as imagens que mostram o vereador João da Bega insinuando a possível irregularidade, o delegado Cláudio Monteiro, diretor da Deic, vai instaurar inquérito para apurar o que chamou de "mensalão municipal".


De acordo com o delegado, todos os vereadores citados na denúncia serão intimados a prestar depoimento para esclarecer o que aconteceu na Casa. João da Bega afirmou, sem saber que estava sendo filmado, que houve uma suposta venda de votos nas eleições para presidente da Casa.

João, candidato da base governista, fez a declaração depois de perder a eleição para presidente da Câmara, na última terça-feira. Jaime Tonello (DEM), da oposição, venceu por nove votos a sete.

O presidente eleito comentou na manhã desta quinta-feira umas das declarações de João da Bega (PMDB), que afirmou: "Pena eu não ter o dinheiro para cobrir a proposta".

A acusação também está no vídeo. Tonello, em entrevista à rádio CBN Diário na manhã desta quinta-feira, foi questionado se a declaração "não ter dinheiro para cobrir" faria referência a uma oferta melhor da base de oposição.
Tonello enfatizou que a afirmação aconteceu "por causa de um descontrole emocional após perder uma batalha numa eleição transparente ".
— Ele foi infeliz nas colocações. O que chama atenção é por que (João da Bega) não foi à tribuna colocar a situação antes do resultado? — questionou Tonello.
Ele também enfatizou que não ouviu nada pelos corredores da Câmara antes do caso ser veiculado na imprensa.

Fonte: Câmara de Vereadores de Florianópolis/ Diretoria de Comunicação Social e Plantão do DC

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