No ano de 2004, o partido lançava sua Declaração Política em seu XIV Congresso Nacional, realizado na cidade de S. Paulo, na ocasião desfrutávamos na plena convicção de que o governo de Lula implementaria as reformas necessárias, até porquê o PT havia tomado para si diversas bandeiras historicamente defendida pelo PPS.
Nossa responsabilidade de pensar um novo Brasil reafirmara nossa crença em outro paradigma de desenvolvimento, implicando uma profunda reformulação do próprio Estado brasileiro, com ênfase na sua descentralização, no esforço à idéia do poder local e em uma maior participação política da cidadania nos destino da nação* (Declaração Política do PPS em 28/03/2004).
A proposta é de termos pessoas no PPS forjados de consciência da sua missão política (isso é vocação), que compartilhem sem arrogância suas experiências com os demais companheiros e que tenham na ética um princípio inabalável, exercitando ainda a solidariedade em toda a sua plenitude. Fortalece nosso partido como instituição permanente, coletiva, resultado de dedicação e da emoção de todos os seus militantes, portanto maior que qualquer vontade individualizada.
Foi em 2004 mesmo, que ao vermos um continuísmo do governo Lula e uma ausência de ousadia para as transformações, numa atitude corajosa e coerente, forjada no compromisso maior com o país, nos retiramos da base aliada. Este gesto foi ratificado em 2006 com o advento do XV Congresso Nacional do PPS, realizado em BH.
Agora, sem abandonarmos nossa vocação aliancista, o partido tem metas de crescimento, se consolidar junto a opinião pública e se transformar em referencia a alternativa política e de poder para os brasileiros em todos os níveis da Federação.
Para alcançarmos estas metas, devemos construir o nosso futuro, pautando desde logo a mudança com responsabilidade e coerência, e assim unirmo-nos as forças que estão dispostas a forjar as bases das reformas e do novo momento que a democracia brasileira está vivenciando.
Assumimos o papel de protagonistas na formação do Bloco Democrático e Reformista e fomos além, participamos ativamente da construção de uma candidatura que representará este conjunto de esperanças. Esperanças sepultadas por Lula e seu consórcio governista assim que assumiu a Presidência da República, o momento é de união, e os nomes postulados para comandar estas transformações é também responsabilidade do PPS, junto ao Bloco.
Aproximamo-nos do PSDB e do DEM, este último partido de direita, aliás, que fizemos aliança (o antigo PFL), na Aliança Democrática, quando o objetivo maior era derrotar a Ditadura e eleger Tancredo Neves. O PT foi contra há época. E assim temos que ter esta visão de mundo, construindo a estratégia política, distinguindo o interesse maior do país nos instantes mais dramáticos que vivemos, e que dependerá de nós materializarmos a esperança que trará realmente mudanças ao Brasil a partir de 2011.
Alisson Luiz Micoski, presidente da JPS-SC
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