Em Brasília, como se sabe, todos os gastos são pardos. Na semana passada, a Câmara pendurara nas manchetes uma promessa alvissareira.
Dizia-se que seriam levados à internet os gastos com a chamada verba indenizatória. Dinheiro da Viúva. Coisa de R$ 15 mil mensais. Multiplicados por 513 deputados. Tomados pelo gogó, os deputados pareceram fora de si.
Vistos sob a ótica da decisão final, enxegou-se o que têm por dentro. A Mesa diretora da Câmara abraçou a transparência de cristal cica.
Decidiu-se divulgar na rede apenas o seguinte:
1. O valor de cada gasto;
2. A natureza da despesa (combustível, aluguel, contratação de pesquisa, etc.);
3. Os nomes das empresas beneficiárias do pagamento.
Permanecerão à sombra os números do CNPJ dos fornecedores. Não virão à luz nem as datas das compras nem os números das notas fiscais. Por que? Primeiro, para embaçar a curiosidade do contribuinte.
Segundo, para dificultar a ação de repórteres bisbilhoteiros.
Em entrevista, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), disse: "Se isso não acabar [com as críticas], não sabemos mais o que fazer".
Saber sabe. Fazer, porém, exige uma dose extra de destemor político.
O PSOL propusera a divulgação das notas fiscais. Todas as notas. Simples assim. Pela decisão da Câmara, serão divulgados apenas dados do futuro, a partir de abril. As despesas do passado ficam guardadas nas catacumbas da Câmara.
Como se vê, os deputados só admitem ser vistos até certo ponto. O ponto de interrogação.
Dizia-se que seriam levados à internet os gastos com a chamada verba indenizatória. Dinheiro da Viúva. Coisa de R$ 15 mil mensais. Multiplicados por 513 deputados. Tomados pelo gogó, os deputados pareceram fora de si.
Vistos sob a ótica da decisão final, enxegou-se o que têm por dentro. A Mesa diretora da Câmara abraçou a transparência de cristal cica.
Decidiu-se divulgar na rede apenas o seguinte:
1. O valor de cada gasto;
2. A natureza da despesa (combustível, aluguel, contratação de pesquisa, etc.);
3. Os nomes das empresas beneficiárias do pagamento.
Permanecerão à sombra os números do CNPJ dos fornecedores. Não virão à luz nem as datas das compras nem os números das notas fiscais. Por que? Primeiro, para embaçar a curiosidade do contribuinte.
Segundo, para dificultar a ação de repórteres bisbilhoteiros.
Em entrevista, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), disse: "Se isso não acabar [com as críticas], não sabemos mais o que fazer".
Saber sabe. Fazer, porém, exige uma dose extra de destemor político.
O PSOL propusera a divulgação das notas fiscais. Todas as notas. Simples assim. Pela decisão da Câmara, serão divulgados apenas dados do futuro, a partir de abril. As despesas do passado ficam guardadas nas catacumbas da Câmara.
Como se vê, os deputados só admitem ser vistos até certo ponto. O ponto de interrogação.
Fonte: Blog do Josias de Souza
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