O PSOL protocolou, nesta quinta-feira, na Corregedoria da Câmara, o pedido para que o órgão apure as denúncias de que o deputado Edmar Moreira (DEM-MG) teria usado de forma irregular verba indenizatória. De acordo com pedido, em 2007, o parlamentar usou R$ 90,6 mil destinados a verba indenizatória para pagar serviços de segurança prestados por empresa especializada e em 2008, R$ 140 mil. “Sendo o deputado também empresário da área de segurança, é salutar que essa Corregedoria examine as notas fiscais relativas à prestação daqueles serviços”, diz o documento protocolado pelo P-SOL.
O partido opinia que, caso seja comprovado que os serviços de segurança pertencem “ao deputado, a familiares, a sócios do deputado, ou seja, fantasmas”, deve ser instaurado processo disciplinar por quebra de decoro parlamentar.
Corregedor
Segundo o novo corregedor da Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), o PSOL deve encaminhar seu pedido de investigação contra o deputado Edmar Moreira (DEM-MG), primeiramente, ao presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP). ACM Neto disse que esse é trâmite correto do processo.
– Não vou sentar em cima de nenhum processo. Mas é assim que deve ser feito – disse ACM Neto a jornalistas.
Edmar ficou menos de um mês na Corregedoria da Câmara. Ele teve de deixar o cargo após as denúncias que foram feitas contra ele.
– Tudo o que chegar à corregedoria será objeto de exame criterioso à luz do decoro parlamentar. A partir de qualquer provocação concreta, aí vou emitir a minha opinião. Mas só posso opinar depois que algum deputado procurar a corregedoria – disse ACM Neto.
Fonte: Jornal Correio do Brasil
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