ELEIÇÕES 2008

TSE esclarece aos presidentes de partidos decisão sobre propaganda eleitoral na internet

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Ayres Britto, esclareceu na quarta-feira (11) aos presidentes nacionais dos partidos políticos a decisão da Corte na sessão de ontem (10) sobre uso da internet nas eleições. “Não chegamos a uma conclusão. O que se preferiu foi resolver a utilização da internet caso a caso”, disse.

O assunto foi levado à reunião pelo presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Ricardo Berzoini, que perguntou se há diferença entre o que foi decidido nesta terça-feira e a regra estabelecida, que, na sua avaliação, vedava e restringia os sites pessoais de candidatos. “Ontem não se gerou uma norma, isso cria um risco para os partidos. Seria importante que existisse uma normatização para dar maior tranqüilidade”, defendeu Berzoini.

O ministro Ari Pargendler explicou que há uma preocupação do Tribunal de que a internet não sirva para escândalos, fofocas e boatos, mas que a decisão foi de avaliar cada situação especificamente. Jovens

O presidente nacional do Democratas (DEM), Rodrigo Maia, também apresentou sua preocupação no que se refere à limitação da utilização da internet para propaganda eleitoral. “A internet é um local onde a juventude está presente. O jovem faz tudo pela internet. Eles não assistem TV e não lêem jornal”, disse o dirigente partidário.

O ministro Carlos Ayres Britto concordou com o presidente do DEM e ressaltou a importância de despertar a vocação política dos jovens. “Nas campanhas [publicitárias] do TSE haverá a preocupação de estimular a participação dos jovens com idade entre 16 e 24 anos nas eleições”, lembrou.

Para o ministro Ari Pargendler, os partidos deveriam apresentar ao TSE uma proposta consensual para melhor utilização da internet na campanha eleitoral de 2008. “Pode ser feita uma regra que sirva para todos. Defendo que uma má norma é melhor que norma inexistente”, disse.