Estão em fase bem adiantada os entendimentos de bastidores entre o PSDB e o PPS para uma fusão. Os presidentes Sérgio Guerra e Roberto Freire têm conversado com regularidade, além do envolvimento do próprio José Serra.
Dia destes, o governador de São Paulo recebeu, no Palácio Bandeirantes, o líder na Câmara, Fernando Coruja. Freire tem estado com o principal presidenciável tucano com freqüência.Ao contrário do que se imaginava, o princípio de fidelidade não vai servir para proteger os pequenos partidos, mas para fortalecer os grandes. É verdade que as legendas de menor porte têm sofrido ultimamente seguidas defecções, depois que os parlamentares chegam ao Congresso ou mesmo às assembléias legislativas, só que com as punições impostas pela Justiça Eleitoral, especialmente deputados sequer vão conquistar o mandato.Prefeitos habituados a ajudar na eleição de parlamentares de siglas que carecem de estrutura, face a peculiaridades regionais, não vão poder mais direcionar votos para candidatos que não sejam correligionários. Resultado: enfraquecidos, pequenos partidos vão ter de buscar fusões ou aceitar incorporações com legendas mais robustas, sob pena de não atingir as exigências do TSE para receber o fundo partidário e ter acesso à propaganda gratuita de rádio e televisão.
Diante da fragilidade decorrente do pleito municipal de 2008, a redução no número de partidos brasileiros será substancial ainda antes das eleições de 2010. O enxugamento se daria justamente em 2009, entre os dois embates. No caso específico PSDB-PPS, a idéia seria reforçar ainda mais o projeto presidencial de Zé Serra.Fernando Coruja só está aceitando trocar a liderança do PPS na Câmara, com toda a visibilidade decorrente de sua própria atuação nacional, pela Prefeitura de Lages que já ocupou, por ter percebido que esse desfecho será inevitável. Então, é preferível exercer um novo mandato no Executivo, podendo realizar uma boa administração, tendo em vista as aberturas federais consolidadas nestes anos de Brasília.Coruja, que já foi correligionário de Leonel Pavan nos tempos de PDT, voltaria a dividir o mesmo espaço partidário, só que agora no ninho dos tucanos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário