Por Marcos de Vasconcellos
Em 2010, 8.686 crianças e adolescentes foram vítimas de homicídios no país, o que representa 11,5% do total de mortes de pessoas com idade até 19 anos. O índice de homicídios vem aumentando vertiginosamente nos últimos anos, alcançando o patamar de 13,8 homicídios para cada 100 mil jovens. Entre aqueles com 19 anos, a taxa aumenta para 60,3 a cada 100 mil. Os números colocam o Brasil no 4º lugar no ranking de países com mais assassinatos de jovens.
Os dados são do Mapa da Violência 2012, Crianças e Adolescentes do Brasil, publicado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais e pelo Centro Brasileiro de Estudos da América Latina. O estudo aponta que, mesmo que o país esteja conseguindo atingir as Metas do Milênio pela redução de suas taxas de mortalidade infantil (crianças menores de um ano) e na infância (crianças menores de cinco anos), isso não acontece na área de homicídios, que avança na contramão dessas tendências.
O documento aponta que tamanha incidência da violência cria mecanismos de “naturalização” e aceitação social da violência, como a “culpabilização da vítima justificando a violência dirigida, principalmente, a setores subalternos ou particulamente vulneráveis que demandam proteção específica”.
Outro fato que chama a atenção é a descentralização da violência. Nas grandes capitais, que concentram a maior parte dos casos de homicídio, há redução dos assassinatos de jovens, enquanto em cidades menores, o índice tem aumentado. Em São Paulo, por exemplo, entre 2000 e 2012, as taxas despencam de 36 homicídios a cada 100 mil de crianças e adolescentes para 5,3, uma queda de 85,2%. No mesmo período, o índice em Natal decolou de 2,9 para 30,5.
O estudo deixa clara também a diferença de incidência de homicídios entre os sexos. Entre os jovens vítimas de homicídios, as mulheres estão em 10% do total de casos. E representam 83,2% das vítimas de violência sexual e Se desagregássemos esses dados por cor, veríamos que percentual maior é de jovens negros.
EM SANTA CATARINA
Apesar dos numeros serem favoraveis ao nosso estado comparado ao restante do pais, os indices de homicidios entre os jovens catarinenses não é pode ser ignorado, pois se compararmos os indices de desenvolvimento humano do estado poderemos verificar que a violência e o exterminio de nossos jovens estão em um numero alarmante. Ao olharmos a situação social destes jovens mortos chegaremos ao numero de 90% destes com envolvimento direto com o uso e trafico de drogas.
O governo do estado mantém em sua estrutura administrativa uma coordenadoria de juventude com o objetivo de criar e gerenciar politicas publicas, todavia nesses mais de dois anos de governo Colombo não foi criado qualquer politica publica para juventude, não há qualquer iniciativa no combate ao uso de drogas, ou qualquer programa de recuperação ou acompanhamento do sistema de internação quase inexistente em Santa Catarina.
Se ao falarmos do numero de assassinatos á cada 100 mil habitantes Santa Catarina aparece com um bom indice, por outro lado se falarmos da estrutura de internção os nosso numeros chegaram muito proximo aos estados menos desenvolvidos da nação.
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