terça-feira, 20 de abril de 2010

CASO ALDINHO




Rodrigo Bornholdt que agora está no PDT, e seu amigo Aldo Hey Neto, preso na operação Dilúvio.

AMIGO PESSOAL DE RODRIGO BORNHOLDT, ALDINHO É CONDENADO
Justiça condena Aldo Hey Neto a 14 anos de prisão


Ex-servidor teria usado cargo para incluir sonegadores em programa de incentivos fiscais
Munição certa para oposição nas eleições deste ano. A Justiça Federal condenou a 14 anos, seis meses e seis dias de prisão o auditor fiscal do Paraná, que era assessor especial da Secretaria da Fazenda de Santa Catarina, um dos mentores de um regime especial de tributação no Estado, a partir de 2004, denominado de Compex. Aldo ainda terá que pagar multa no valor total de 120 salários mínimos, por corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF). Hey Neto teria recebido valores entre R$ 100 mil e R$ 150 mil para incluir irregularmente no Compex empresas envolvidas no esquema desvendado pela Operação Dilúvio.

Segundo a Polícia Federal, um grupo de empresas importava produtos declarando valores muito abaixo dos reais para sonegar impostos de importação. O valor deixado de arrecadar em impostos federais chegaria a R$ 500 milhões.

Aldo Hey Neto e outras seis pessoas foram detidas pela Operação Dilúvio, da Polícia Federal, que investigou um esquema de fraudes ao comércio exterior, que, segundo a denúncia, tinha a participação de empresários e servidores.
Os integrantes do suposto esquema procuravam Estados que tivessem programas de incentivos fiscais nos moldes do Compex para receber benefícios também nos impostos estaduais. Hey Neto coordenava o Compex, que cortava pela metade a alíquota do ICMS para as importadoras inscritas no programa utilizarem os portos e aeroportos de Santa Catarina. Após uma auditoria que encontrou irregularidades em pelo menos 10 dos 150 processos do Compex, o governo estadual substituiu o programa pelo Pró-Emprego, com a promessa de mais controle e fiscalização.

Na época da prisão, foram encontrados na casa de Hey Neto em Jurerê Internacional, Florianópolis, R$ 649.300 e US$ 57.650. No seu endereço em Curitiba, foram apreendidos mais R$ 160.974, US$ 467.335, 600 libras esterlinas e 11.880 euros.
Na época, ele teria afirmado à PF que o dinheiro pertenceria a um amigo, mas não disse o nome dele. Ele ficou preso até novembro de 2006.


Quem é Aldo Hey Neto
Funcionário de carreira da Secretaria da Fazenda do Paraná, Aldo Hey Neto foi cedido a Santa Catarina a pedido do então secretário da Fazenda Max Bornholdt, para criar e coordenar o Compex. A indicação foi de Rodrigo Borholdt, ex-vice-prefeito de Joinville e filho do ex-secretário. Aldo Hey Neto e Rodrigo Bornholdt foram colegas de universidade no Paraná.
A prisão do auditor, em agosto de 2006, teve repercussão política e redundou no pedido de exoneração do então secretário Max Bornholdt (Fazenda), e, mais tarde, da saída do ex-vice-prefeito de Joinville, Rodrigo Bornholdt, do PMDB.

O PP sempre deu destaque para a prisão de Aldo Hey Neto, durante e depois da campanha de 2006, e a relaciona a supostos desmandos no governo de Luiz Henrique (PMDB). Na Assembleia, o deputado Joares Ponticelli (presidente estadual do PP) relembra, quando pode, o episódio que envolve “Aldinho”. É assim que o parlamentar chama o auditor. A imagem de milhões de reais empilhados em uma mesa, encontrados na casa de Aldo Hey Neto, estampou a capa dos jornais e as telas de TV, inclusive no horário eleitoral obrigatório da eleição ao governo à época. O governo do Estado sempre negou qualquer envolvimento.

Mas o que dizer das negociações para que o ex-vice-prefeito de Joinville, Rodrigo Bornholdt integre chapa com Angela Amin. O desgaste eleitoral valeria só porque é afilhado de batismo de Luiz Henrique, o filiou no PMDB e depois do episódio Aldo Hey Neto, que provocou o segundo turno da eleição de 2006 e por pouco não custou à reeleição de LHS, o padrinho deserdou o afilhado político?

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