Na tarde de ontem, 08, o Governo do estado de Santa Catarina teve mais uma vitoria esmagadora, agora contra os professores aposentados do Estado, onde os parlamentares negaram uma bonificação de R$ 200,00, para os servidores aposentados do magistério estadual.
Este é o respeito com que este governo trata aqueles que outrora foram responsáveis pela instrução e o complemento educacional de muitos catarinenses.
Pela proposta atual do Governo, será concedido R$ 100,00, de março a julho, para os professores com carga horária de 40 horas semanais e aos da Fundação Catarinense de Educação Especial que atuam nas APAEs e campii da Fundação. O valor passa a R$ 200,00 a partir de agosto.
O coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte-SC), Danilo Ledras, defendeu a incorporação do abono aos salários, o que representaria um aumento real de 19,63%. “O piso salarial iria para R$ 609,00 e trataria a todos de forma igualitária.”Danilo ainda acredita que a aprovação do projeto vai trazer muitos problemas para o magistério estadual. “Na minha opinião, a classe vai ficar desesperada. Ninguém vai querer perder R$ 432,00. Muitos professores irão trabalhar doentes, enquanto outros vão adiar a aposentadoria. Ninguém quer perder esse dinheiro”, reafirmou Danilo.
“Qual o tipo de política pública pode ser construído quando não se propõe ou não se respeita o plano de carreira de uma categoria fundamental para a estruturação da sociedade? Esta política de abono desvaloriza os professores e compromete a qualidade da educação. Não há educação de qualidade sem dignidade para os professores", afirmou o lider do PT, deputado Pedro Uczai.
O deputado Pedro Baldissera lembrou que “o Executivo destina este ano mais de R$ 200 milhões para propaganda e publicidade. E apenas migalhas para o magistério”. Já o deputado Sargento Amauri Soares (PDT) mais uma vez rechaçou a falta de diálogo com os servidores públicos e salientou que o Estado tem desembolsado apenas 39,9% da despesa líquida com a folha de pagamento, quando a Lei de Responsabilidade Fiscal diz que se pode comprometer até 49% da receita ou um limite prudencial de até 46,5%.
“É injustificável que um governo que gasta mais de R$ 160 milhões por ano com secretarias regionais coloque como inviável um reajuste isonômico para uma área importante como a educação. A lotação total das galerias da Casa demonstra que o magistério está unido nesta luta, ao contrário do que o governo tem declarado na imprensa, numa tentativa inútil de fragilizar um movimento que tem todo nosso apoio”, afirmou energeticamente o Deputado Joares Ponticelli.
BIOGRAFIA RALO À DENTRO
A atitude mais vergonhosa da tarde de ontem foi o voto do Deputado "Professor" Grando, que foi uns dos fundadores da Alisc, que prosteriormente se tornaria o atual SINTE, e que sempre lutou e atuou em defesa desta valorosa categoria. Votando contra os professores, Grando joga sua biografia na lata de lixo, e continua mantendo sua postura de total subserviencia ao Palácio da Agronômica.
Esperamos que tenha vergonha na cara e pare de usar "professor", ou mude de postura, postura esta que envergonha o nosso partido. Que em seu nome afirma ser popular e socialista, e defende uma política decente, infelismente na pratica seus integrantes nem sempre são coerentes.
Um comentário:
Ao companheiro da JPS
Sobre a nota VERGONHA PARA O PPS DE SANTA CATARINA
O Gabinete do Deputado Professor Sérgio Grando gostaria de debater esta questão com os companheiros do PPS e, principalmente com o autor da referida nota.
1. Ao contrário do que diz a nota, os deputados, em nenhum momento negaram a bonificação de R$ 200,00 aos professores aposentados. Esta questão, sequer foi matéria de votação;
2. Os deputados aprovaram a bonificação de R$ 200,00 para os professores que, efetivamente, estão em sala de aula, priorizando a educação e a atenção às nossas crianças e jovens;
3. Aprendemos desde a muito, que devemos ter a clareza da correlação de forças para empreender uma luta. A maioria dos professores quer o abono;
4. A proposta do SINTE, quando da greve, reivindicava a incorporação do abono. Estranhamente, mudou a reivindicação no dia de ontem;
5. A proposta da direção do SINTE, derrotada na tarde de ontem, prejudicava a maioria dos 36.000 professores estaduais ao propor aumento linear de 4 a 5%. Hora, a matemática básica ensina que, 5% para quem ganha R$ 2.000,00 (R$ 100,00) é diferente de 5% para quem ganha R$ 600,00 (R$ 30,00). O pão, o leite, a carne, arroz, Kw/hora, gás e o feijão custam o mesmo para todos;
6. A proposta da atual direção do SINTE privilegiava a velha tese: dar mais para os que ganham mais, prejudicando os professores que estão em classe;
7. O deputado Professor Grando e todos os deputados da base governista lutarão para que os aposentados recebam o abono;
8. A luta pela incorporação do abono, esquecida pela direção do SINTE, deveria ser permanente;
9. A luta para que o abono seja concedido aos professores enfermos, também continua;
10. A oposição, em estranha aliança PP/PT, pratica sabotagem política. Era contra o abono, logo, qual a razão pra propor a melhoria do projeto quando se viu derrotada? Seria oportunismo? Tinha o apoio da direção do SINTE para isso? Reconheceram positividade no projeto do abono?
11. Os aposentados têm memória: lembram bem quem “mandou bater” no aposentado foi um governo que tinha como principal aliado o PP;
12. O deputado Professor Grando faz parte da história do Partidão, participando de sua construção e de todas as lutas pela valorização do magistério sem perder o foco no papel transformador da educação, no papel da escola na formação da cidadania;
13. O PPS, herdeiro do PCB sempre combateu a direita e, também, o esquerdismo, a doença infantil do comunismo;
14. A história e a coerência de uma vida de lutas não se destroem. Não podemos compactuar com a política pequena. Alguns preferem jogar para a torcida;
15. O PPS faz parte de um time que venceu nas urnas, é maioria no parlamento e que foi escolhido pelo povo para fazer avançar o Estado de todos os catarinenses.
Postar um comentário