sexta-feira, 23 de novembro de 2007

NOTAS DUVIDOSAS

O salário recebido por Adriano Borges no período pré e eleitoral, era pago por meio de cheques. Quem assinava era a proprietária da DPM Cine Vídeo, Denise Broch. Em audiência no dia 26 passado foram apresentadas pela DPM diversas notas fiscais, todas no valor exato de R$ 5 mil cada.
Essas notas fiscais, Borges afirma que nunca viu antes. “Era a Denise e a funcionária Ana Paula Inês que conseguiam a nota, isso não competia a mim, simplesmente eu recebia o dinheiro”, diz. As notas vieram à tona no processo trabalhista.
Em sua defesa no processo, Denise Broch afirmou que Borges era quem apresentou as notas. A reportagem da Gazeta teve acesso com exclusividade às notas fiscais.Mesmo sendo de empresas diferentes, algumas notas foram preenchidas a mão aparentemente por uma mesma caligrafia.
As empresas que teriam emitido as notas são de Diadema, Santana do Parnaíba, Francisco Morato e Jordanópolis, cidades do estado de São Paulo. Há também outras de diversas cidades de Santa Catarina. O jornalista afirma que nunca ouviu falar nas empresas citadas. Além da idêntica caligrafia, na maioria das notas fiscais não constam dados básicos das empresas, como o telefone e o tipo do serviço prestado.
“É um tanto corajoso por parte da Denise apresentar essas notas, alegando que eu prestei algum tipo de trabalho para essas empresas. Sendo que nunca tive conhecimento ou qualquer tipo de contato com as empresas citadas e ainda, para estar ao lado do governador 24 horas por dia, teria que ter poderes sobrenaturais para estar nessas diversas cidades, inclusive do interior de São Paulo”, sustenta Borges.

Nenhum comentário: