Ex-funcionário acusa:
Jatinho e helicóptero do governo foram usados na produção de material para as eleições de 2006
Inconfidências pessoais, negócios triangulados para garantir uma aparente legalidade e o questionável uso de recursos do Estado, inclusive aeronaves, para produção de material publicitário usado em campanha eleitoral estão vindo à tona graças a uma ação trabalhista movida por um jornalista inconformado com sua demissão.
Adriano Borges de Oliveira, repórter e garoto-propaganda, trabalhou para a DPM Cine Vídeo por mais de um ano na produção da peça publicitária “Santa Catarina em Ação”, propaganda disfarçada de jornalismo que ao longo de quase dois anos viajou pelo Estado mostrando a que veio o governo Luiz Henrique.
No entanto, o jornalista afirma agora que fazia mais que isto: ele sustenta que, na verdade, sua missão era acompanhar o governador recolhendo imagens que acabaram usadas na campana eleitoral de 2006. Afirma que arrancava declarações positivas de personalidades diversas, inclusive opositores políticos, mais de um ano antes do pleito, que também acabaram usadas no horário eleitoral, além de seguir o governador pelo Brasil e até documentar a performance da filha artista de Luiz Henrique, Márcia Mél, no Rio de Janeiro, tudo a bordo do jatinho pertencente ao governo do Estado.
Estas e outras revelações podem ser conferidas na ação que corre na Justiça do Trabalho da Capital – ação movida contra a DPM Cine Vídeo e, solidariamente, também contra o governo do Estado – e nas declarações do jornalista na 13ª Promotoria da Justiça em Joinville. Adriano Borges sustenta que não é sem razão a afirmação de que a DPM é a preferida do governador.
A produtora era constantemente subcontratada pelas vencedoras das licitações públicas para gerir a verba de mídia, na maioria das vezes, a WG Comunicação, detentora do maior quinhão das verbas publicitárias do governo do Estado. A DPM, que fez a campanha à reeleição, recebia verba do governo via WG, de Wilfredo Gomes, amigo e braço direito de Luiz Henrique da Silveira.
Nessa trama, o governo cedeu não só as verbas, mas a estrutura, como jatinho e helicóptero oficial. A estrutura, segundo o jornalista, era posta à disposição da equipe da DPM, da qual ele participava. “Era exclusivamente para a campanha à reeleição”, diz Borges, que recebia R$ 5 mil por mês de salário.Santa Catarina em Ação.
Adriano Borges foi então contratado pela DPM em 14 de novembro de 2004. Segundo o jornalista, a contratação foi exclusivamente para cobrir a agenda do governador. No entanto, após mudar de Joinville para Florianópolis para realizar os trabalhos, Borges foi orientado pela proprietária da produtora, a jornalista Denise Broch, que o foco do trabalho seria outro “preparar o material para a campanha eleitoral de 2006”. Suas funções seriam recolher depoimentos e discursos da oposição. “Eu tinha de conseguir discursos que comprometessem o Esperidião Amin ou que falassem bem do Luiz Henrique”, disse. “Nunca apareci no ‘Santa Catarina em Ação’, não tinha vínculo nenhum com a produção, que era feita por uma equipe distinta, as imagens que eu acompanhava não eram usadas no programa, como deveriam, e sim produzidas estritamente para a campanha 2006”. Borges diz ainda que apenas uma vez, em um ano e meio de trabalho, gravou entrevistas, que efetivamente foram usadas na campanha publicitária oficial do governo.

2 comentários:
Vergonha!!mas será que ninguem percebeu isso antes,a filha do governandor fazendo shows como uma pop stars,sendo que nunca alguem teria ouvido falar dela,o governador viajando para fazer turismo na europa,sempre a DPM produzindo comerciais do governo,acho que tem muita coisa ainda por descobrir!!
Vergonha!!mas será que ninguem percebeu isso antes,a filha do governandor fazendo shows como uma pop stars,sendo que nunca alguem teria ouvido falar dela,o governador viajando para fazer turismo na europa,sempre a DPM produzindo comerciais do governo,acho que tem muita coisa ainda por descobrir!!
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