quinta-feira, 27 de setembro de 2007

AVISO PEEMEDEBISTA PÕE EM RISCO A MAIORIA PARLAMENTAR PARA A CPMF, MAS GOVERNO ENTRA EM AÇÃO HOJE

O primeiro forte sinal do descontentamento peemedebista no Senado veio, afinal, ontem, com os votos dados à extinção da Secretaria Especial de Planejamento de Longo Prazo comandada por Mangabeira Unger, que tinha status de ministério. E com autorização para contratar funcionários e técnicos. O próprio relator da medida provisória, um senador peemedebista, chegou a estimular a recomendação, como sinal público do descontentamento da bancada do PMDB. O senador/relator usou o argumento formal de que o governo federal não deveria usar o instrumento medida provisória para criar os cargos e o órgão...
A reação petista veio com o senador Aloizio Mercadante, líder do governo, que surpreendido, tentou evitar a concretização da rejeição, mas sem sucesso. Para criar novamente a secretaria e os cargos comissionados, o governo federal terá que enviar novo projeto ao Congresso Nacional. Mas a tramitação é mais demorada.
A rejeição surpreendeu o plenário. Algumas versões também ligam a reação ao alijamento de Renan dos pleitos da bancada junto ao governo. Mas na realidade a causa são os pleitos.
O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer também foi surpreendido e anunciou que pretende dialogar com todos para saber o que ocorreu. Um outro sinal do confuso quadro político no Senado é dado pela posição do líder do governo, Aloizio Mercadante, favorável ao afastamento de Renan da Presidência.
Na sua reação, Mercadante considerou incompreensível que um partido da base aliada tivesse tomado aquela decisão. O próprio líder do PMDB, Valdir Raupp, fez questão de negar que a rejeição da MP tenha relação com a atual situação política de Renan. E diz apenas que o Partido entendeu que nessa matéria (a MP do ministério) não votaria com o governo.
O descontentamento da bancada tem a ver, na realidade, com o tratamento do Palácio às reinvidicações dos seus senadores, enquanto o PT ganha cada vez mais espaços. Embora implícita e admitida nos círculos políticos essa versão não foi admitida publicamente. Hoje mesmo, porém, o presidente do Partido, Michel Temer, pretende levantar o problema. O aviso da bancada no Senado será tratado com todo cuidado, pois o governo conta com o PMDB para votar a CPMF cuja tramitação na Câmara deve estar encerrada, após a sessão que entrou madrugada a dentro. Não interessa a polêmica nessa hora, embora o clima na bancada governista no Senado não seja, no momento, dos melhores. E o papel de Renan em tudo isso também acabará esclarecido...

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