terça-feira, 24 de outubro de 2017

NOTA: PELA DEMOCRACIA E EM DEFESA DE ALICE FOREST


Depois de vivenciarmos pouco menos de 30 anos de democracia plena, começamos a experimentar um período preocupante, onde a intolerância, a falta de respeito ao próximo nos encaminham para um retrocesso preocupante, a imposição de ideias vem suprimindo o livre arbítrio e todos os conceitos de liberdade individual.

Alguns setores altamente preconceituosos e violentos, travestidos de conservadores de direita trabalham no vácuo das atuais instituições democráticas para aprovarem medidas que visam restringir e interferir nas famílias e na vida da população e uma das ideias encampadas é a chamada “escola sem partido”.

Esse projeto visa restringir o debate e o livre pensamento de alunos e professores, impedindo discussões que supostamente poderiam doutrinar, mas que na verdade é uma falsa ideia, pois querem exatamente doutrinar os alunos em assuntos básicos não permitindo a reflexão, o questionamento e as diferentes linhas de pensamento.

O exemplo mais recente em nosso estado foi a aluna ALICE FOREST de Lages, Santa Catarina, que por uma postagem no Facebook, onde discordou da restrição pedagógica da escola foi sumariamente suspensa e impedida de se rematricular naquela instituição.

O educandário UNIVEST distribuiu nota aos alunos e pais declarando que os estudantes não deveriam aprender sobre "sexo, ideologia de gênero, ativismo LGBT, comunismo, esquerdismo e religião". Alice e outra Aluna discordando publicamente da direção da escola foram violentadas e sumariamente condenadas.   

A Juventude Popular Socialista, de Santa Catarina, JPS-SC, ratifica o entendimento de inconstitucionalidade do Projeto, pois a ideia de neutralidade política e ideológica é antagônica à de proteção ao pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas e à promoção da tolerância, conforme consta na Lei de Diretrizes e Bases da educação.

O tal projeto visa de forma subjetiva restringir e interferir na relação professor x aluno, intervindo de forma grosseira no exercício dos direitos e garantias fundamentais, inclusive as liberdades, direitos conquistados á duras custas pelos brasileiros.

Assim a JPS-SC vem a público se solidarizar com as alunas vitimadas e repudiar a atitude da instituição Univest.

Outrossim  solicita a rápida intervenção e participação do ministério público como órgão garantidor de direitos, do sindicato das instituições de ensino e dos profissionais em educação, para que ajam rapidamente, evitando que voltemos aos anos da escuridão.

Esta juventude se estarrece com o silencio das entidades estudantis que se calam neste momento de grande violência intelectual e não exercem seu papel de representação.

Para esta Juventude, os valores fundamentais da democracia devem ser protegidos, garantidos e respeitados por todos os cidadãos e nada nem ninguém está acima da constituição da república federativa do Brasil.

Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

 

JPS SC

 

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