Depois de vivenciarmos pouco menos
de 30 anos de democracia plena, começamos a experimentar um período
preocupante, onde a intolerância, a falta de respeito ao próximo nos encaminham
para um retrocesso preocupante, a imposição de ideias vem suprimindo o livre
arbítrio e todos os conceitos de liberdade individual.
Alguns setores altamente preconceituosos e violentos,
travestidos de conservadores de direita trabalham no vácuo das atuais
instituições democráticas para aprovarem medidas que visam restringir e
interferir nas famílias e na vida da população e uma das ideias encampadas é a
chamada “escola sem partido”.
Esse projeto visa restringir o
debate e o livre pensamento de alunos e professores, impedindo discussões que
supostamente poderiam doutrinar, mas que na verdade é uma falsa ideia, pois
querem exatamente doutrinar os alunos em assuntos básicos não permitindo a
reflexão, o questionamento e as diferentes linhas de pensamento.
O exemplo mais recente em nosso
estado foi a aluna ALICE FOREST de Lages, Santa Catarina, que por uma postagem
no Facebook, onde discordou da restrição pedagógica da escola foi sumariamente
suspensa e impedida de se rematricular naquela instituição.
O educandário UNIVEST distribuiu
nota aos alunos e pais declarando que os estudantes não deveriam aprender sobre
"sexo, ideologia de gênero, ativismo LGBT, comunismo, esquerdismo e
religião". Alice e outra Aluna discordando publicamente da direção da
escola foram violentadas e sumariamente condenadas.
A Juventude Popular Socialista,
de Santa Catarina, JPS-SC, ratifica o entendimento de
inconstitucionalidade do Projeto, pois a ideia de neutralidade política e
ideológica é antagônica à de proteção ao pluralismo de ideias e de concepções
pedagógicas e à promoção da tolerância, conforme consta na Lei de Diretrizes e
Bases da educação.
O tal projeto visa de forma
subjetiva restringir e interferir na relação professor x aluno, intervindo de
forma grosseira no exercício dos direitos e garantias fundamentais, inclusive
as liberdades, direitos conquistados á duras custas pelos brasileiros.
Assim a JPS-SC vem a
público se solidarizar com as alunas vitimadas e repudiar a atitude da
instituição Univest.
Outrossim solicita a rápida intervenção e participação
do ministério público como órgão garantidor de direitos, do sindicato das
instituições de ensino e dos profissionais em educação, para que ajam
rapidamente, evitando que voltemos aos anos da escuridão.
Esta juventude se estarrece com o
silencio das entidades estudantis que se calam neste momento de grande
violência intelectual e não exercem seu papel de representação.
Para esta Juventude, os
valores fundamentais da democracia devem ser protegidos, garantidos e
respeitados por todos os cidadãos e nada nem ninguém está acima da constituição
da república federativa do Brasil.
Art. 5º. Todos são iguais perante a
lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
IV - é livre a manifestação do
pensamento, sendo vedado o anonimato;
VI - é inviolável a liberdade de
consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a
suas liturgias;
JPS SC
Nenhum comentário:
Postar um comentário