Três adultos e um adolescente foram detidos na manifestação contra o aumento da tarifa do transporte coletivo, em Florianópolis, nesta quinta-feira, no Centro da cidade. A Polícia Militar (PM) encaminhou os quatro à Central de Polícia. Segundo a PM, a detenção aconteceu por agressão e desacato contra soldados durante o protesto. Os manifestantes negaram as alegações.
Dois policiais estiveram na delegacia para prestar a queixa de agressão. Um deles levou uma pedrada nas costas e outro sofreu chutes nas pernas.— Também fui atingido por bolas de gude no braço e na perna — relatou o tenente Thiago Augusto Vieira.
Uma jovem de 22 anos, que foi presa por desacato e preferiu não se identificar, disse que apenas tentou abraçar o policial e deu uns "tapinhas" no capacete como forma de brincadeira.— Eu queria ganhar todo dia uma agressão dessa — afirmou a jovem.
Cerca de 20 manifestantes foram até a central em busca de informações dos detidos. O delegado Marcos Assad explicou que eles apenas assinariam um Termo Circunstanciado (no caso dos adultos). O adolescente foi encaminhado à Delegacia de Proteção à Mulher, ao Menor e ao Adolescente, onde seria feito um Boletim Circunstanciado.
Os infiltrados
Na a manifestação, a polícia apreendeu outros dois adolescentes que estariam praticando furtos durante o protesto. A principal suspeita é que eles teriam se infiltrado para furtar e não seriam manifestantes.Por cerca de cinco horas, centenas de estudantes protestaram no Centro da Capital nesta quinta-feira. O movimento contou com cerca de mil militantes que seguiram do Terminal de Integração do Centro (Ticen) em passeata por ruas centrais da cidade.
O movimento terminou no lugar de partida por volta das 22h, quando os manifestantes começaram a se dispersar. Apesar das prisões e do bloqueio de algumas ruas por conta da passeata, a manifestação foi pacífica.
O militante Victor Khaled garante que os estudantes não vão parar as manifestações enquanto não houver redução da tarifa. Nesta sexta-feira eles prometem uma nova manifestação em frente ao Ticen às 17h.
Fonte: Diário Catarinense
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