Meia hora atrasado, Dário Berger chegou ao escritório do senador Neuto De Conto, na Avenida Osmar Cunha, e ao abrir a porta encontrou o PMDB. O prefeito se viu cercado por Casildo Maldaner, Renato Vianna, Paulo Afonso Vieira, João Matos, o próprio Neuto e Eduardo Pinho Moreira. A configuração da sala sugere que o partido começa a perceber a gravidade do que virá em função de uma prévia provocada, única e exclusivamente, pelo desejo de Dário ser postulante. Os riscos são enormes.
O objetivo de tanta gente, quando se aguardava somente a presença de Pinho Moreira, era refletir em grupo o quanto a legenda ganha ou perde neste processo, com todas as projeções de futuro. Casildo, por exemplo, repetiu a retórica da reunião anterior para dizer a Dário que ele pode ser nome-chave em qualquer circunstância, sem perder a importância de apoiar o candidato do partido na Grande Florianópolis.
Pinho Moreira qualificou o encontro de “simpático” se comparado ao primeiro. Portanto, as coisas evoluíram. A questão é determinar para que lado, pois Dário respira sem a ajuda de aparelhos, mesmo que, desde ontem, perceba que o PMDB é bem mais complexo e não está disposto, depois de 40 anos de história – desde o MDB –, a ser afrontado.
INFORME POLÍTICO ROBERTO AZEVEDO
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