terça-feira, 23 de março de 2010

CARMEN COORDENA REUNIÃO QUE GARANTE EMERGENCIA ABERTA EM LAGES

Ajuda de R$ 600 mil à emergência

R$ 600 mil para socorrer a emergência e ajudar na manutenção do serviço de sobreaviso médico do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres. Foi o que definiram os prefeitos e a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, em reunião ontem de manhã na Amures. O dinheiro virá dos cofres estaduais.

A portas fechadas, a reunião durou três horas e à tarde foi divulgada uma nota oficial. O dinheiro será repassado à direção do hospital através de convênio, segundo a secretária da Saúde. "Esta ajuda será até que os estudos da rede hospitalar do estado com urgência e emergência sejam concluídos pela equipe técnica da secretaria de Estado", explicou Carmen.


O que ficou claro na reunião é que o apoio financeiro será para que o hospital possa ajustar a questão financeira com os médicos. Para chegar a esta deliberação, foram 14 reuniões e segundo Carmen Zanotto vários estudos técnicos foram realizados em parceria com os secretários de Saúde da região. O dinheiro corresponderá a um período de 22 de março a 22 de agosto, para que o hospital administre a emergência sem fechar as portas.

A possibilidade de transferir a emergência para o Hospital Tereza Ramos é zero, segundo a secretária. "Não existe estrutura física para abrigar a emergência. Futuramente, com a doação pela prefeitura de parte do terreno do antigo Vermelhão, deveremos estudar a complementação de serviços do Tereza Ramos em diferentes áreas. Só aí, poderá entrar uma nova emergência. Mas a médio e longo prazo", complementou.

O valor estabelecido pelos prefeitos e pela secretária de Estado da Saúde foi baseado em repasses de outras unidades hospitalares como Rio do Sul, Blumenau e Jaraguá do Sul. Além do sobreaviso será custeada a hora plantão dos médicos e com isso ficou descartada qualquer possibilidade de intervenção no Nossa Senhora dos Prazeres.

O presidente da Amures, Janerson José Delfes Furtado, enviou a carta-proposta à diretora geral do hospital, Nelsa Hackbarth. Ele admite que a proposta é paliativa até certo ponto, mas foi o passo que se pôde dar até que haja uma solução definitiva. "Os municípios não têm orçamento este ano. Além do mais, a crise financeira provocada pela queda de receita é maior que a do ano passado. Os prefeitos estão conscientes e com os pés no chão de que não podem dar o passo maior que as pernas", justificou o presidente da Amures.

Os secretários municipais de Saúde participaram da reunião. E colaboraram com os prefeitos mostrando planilhas de custos e procedimentos. Assim que recebeu a carta dos prefeitos, o diretor administrativo do hospital, Canísio Winkelmann, participou de audiência no Judiciário e confirmou que a emergência do hospital, por enquanto, está mantida.
"Nesta terça-feira vamos dialogar com o Ministério Público e refletir sobre este dinheiro. Há um indicativo de que está incorporado um repasse obrigatório mensal e sendo assim, não resolve o problema. Estão dando com uma mão e retirando com outra", questionou.

A proposta também será levada ao diretor clínico do hospital, Paulo César da Costa Duarte, para que emita parecer. Segundo Canísio Winkelmann, será necessária uma análise mais detalhada do apoio financeiro do estado.

A direção do hospital deve se manifestar nas próximas horas sobre o socorro financeiro. Mas por enquanto prefere cautela e aguardar para saber como e por quais caminhos virá o dinheiro.

Do Jornal Correio Lageano

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