Greenpeace é ‘convidado’ a cair fora
A equipe do Greenpeace e a do WWF, que haviam resolvido passar a noite no Bella Center para evitar ser barrados amanhã na entrada da COP15, foram retirados do local pela polícia, às 2h30 pelo horário de Copenhague.
Os membros do Greenpeace entregam uma carta para cada um dos policiais à medida que são retirados.
Diz ela:
“Eu sou um observador credenciado na COP15 da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, como parte do Greenpeace. Estou trabalhando para tentar e assegurar que a COP15 atinja seu objetivo de ter um acordo justo, ambicioso e legalmente vinculante para agir para limitar os perigos do aquecimento global em uma temperatura bem abaixo dos 2 graus.
O papel essencial que a sociedade civil tem tido e está tendo na obtenção desse objetivo e nos processos negociatórios associados tem sido reconhecido por instituições internacionais, governos e as Nações Unidas por muitos anos.
Eu acredito que minha participação está de acordo com a Convenção de Aarhus, de 1998, quanto ao ‘acesso à informação, à participação do público na tomada de decisão e no acesso à justiça em questões ambientais’, que entrou em vigor na Dinamarca em 8 de outubro de 2009.
Eu vou cumprir o pedido que foi feito a mim de sair, apesar de achar que ele se contrapõe ao espírito dos processos sobre os quais essas negociações foram montadas, e as próprias Nações Unidas, e a própria Convenção do Clima.”
O Greenpeace tem apenas quatro cartões de entrada no Bella Center nos dois últimos dias da conferência, o momento mais importante da conferência, quando as decisões serão tomadas - ou não.
O acesso de todas as ONGs, principal grupo de observadores, ficou restritíssimo nestes dias. O processo de definição de quem entra e quem fica de fora foi tudo menos transparente.
Limitar a participação das ONGs de forma tão dramática, com cenas de violência inclusive, é um absurdo sem precedentes na história da Convenção do Clima.
www.greenpeace.com.br
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