PMDB, a tríplice aliança e o dilema*
O mantra entoado pelo governador Luiz Henrique quanto ao reflexo das pesquisas, intimamente, talvez não surtirão efeitos práticos em sua própria legenda. Hoje, o PMDB é dono de um importante capital político/eleitoral em Santa Catarina, principalmente nos pequenos municípios. Os analistas garantem que vem de lá os votos que asseguram o mapa de uma candidatura majoritária, e a história demonstra isso.
Muitos dos líderes do PMDB, acreditam que mesmo com governador, o Partido não está sendo prestigiado, Para peemedebistas independentes, LHS trabalhou para ele e não para o partido. Pegando esta análise, de forma muito matreira, a senadora Ideli Salvatti saltou a pecha, “ o conjunto de secretarias que envolvem recursos está com o DEM. E por sinal, o que sobrou para o PMDB? Esse é o incomodo deles”.
LHS tem compromisso com a sua tríplice aliança até o momento em que obter o consórcio para assegurar o apoio ao Senado, eventualmente, se não tiver sucesso unindo novamente as três poderosas siglas o caminho mais inteligente será construir no PSDB e DEM o segundo voto para senador, com isso garantiria por tabela a estratégia de estar consolidado para uma das vagas, o PMDB certamente cerraria fileiras no seu nome.
E a pesquisa Mapa? Sim, é uma grande justificativa para LHS dizer que é preciso estarem unidos para que as candidatas da oposição não prosperem. Entretanto, podemos avaliar da seguinte forma, o PP de Ângela Amin tem afinidades com DEM e PSDB, e os diálogos estão abertos, já o PT de Ideli Salvatti, trabalha para que o PMDB faça parte de sua coligação, afinal anda há passos largos uma aliança nacional entre estas duas legendas. Mesmo inexistindo a verticalização, não seria mais vantajoso aos “MDB Catarina” uma aliança com o PT? Assim a divisão em eventual vitória dos cargos para compor o futuro governo ficariam restritos a eles dois, e mais, vitaminando o palanque da Dilma Roussef, os cargos federais em Santa Catarina certamente entrariam nas negociações, isso não é pouco, ainda mais tendo o vice na chapa para a sucessão de Lula, e há de ser lembrado que em 2006, o governador suplicou aos petistas do interior, que votassem nele e em Lula.
O governador então tem o dever de manter o consórcio que o elegeu, entretanto, se o PMDB entender que poderá se fortalecer em consonância com o cenário nacional, o dilema acabará aqui. Luiz Henrique terá a gratidão de democratas e tucanos por ter cumprindo fidedignamente com sua palavra, e eles saberão que quem se retirou não foi ele, e sim seu Partido que hoje ainda é comandado por Pinho Moreira, indicações que o 15 para o Senado Federal poderá ser a segunda opção de PSDB e DEM.
O governador é vaidoso, gosta de afagos, e muitas vezes usou estes artifícios para declarar uma coisa esperando outra, foi assim em 2002, quando começou no palanque de Zé Serra e no meio do caminho pulou pro de Lula, e em 2006, pouco ligou para a candidatura à Presidência da República, somente começou a agir quando o ex-governador Esperidião Amin lhe empurrou para o segundo turno e o fenômeno Lula dava a senha para adesão petista na disputa em Santa Catarina, nesta oportunidade abraçou-se com todos, mas nas internas foi ao encontro da máquina partidária do PT, sobretudo no oeste, onde PMDB e o Partido do então candidato derrotado José Fritch tem mais afinidades.
O que será aqui no estado, se o PMDB estiver na tríplice aliança, com DEM e PSDB, enquanto o Partido do governador fazer dobradinha com o candidato de Lula? LHS terá mais facilidades de fazer uma aliança informal com Pavan e Colombo, a militância do seu Partido não receberia bem estas dúbias posições do possível candidato ao Senado do 15, produzindo até um efeito desastrosamente contrário, onde emedebistas liberariam o voto ou aderindo a um candidato de esquerda.
A posição do PSDB e do DEM é muito confortável, eles tem um aro grande para composições, desde unindo-se em torno de um projeto que alinhe as questões nacionais, até correrem soltos e ainda, quem sabe, atrair a “dona Ângela” que hoje está na frente com as intenções de voto, seguida de seu marido, Esperidião, que mesmo na geladeira, está palmo a palmo com o Luiz Henrique, exímio investidor em publicidade e vitrine.
Eduardo Pinho Moreira vai querer usar a máquina Partidária super poderosa a seu favor, mesmo que seja prá produzir o segundo turno, isso está claro, ou para compor onde mais vantagem terá, o jogo é dele, não mais de LHS, que vai para o Senado, e deverá aceitar o que a convenção de 2010 definir. Assediado pelo Palácio do Planalto (não podemos esquecer que a senadora Ideli Salvatti é porta voz do governo Lula no Congresso), o Moreira foi a público em dois momentos distintos de crise política, onde defendeu abertamente, na primeira vez, o então presidente do Senado, senador Renan Calheiros, e posteriormente José Sarney. Ideli rasgou suas camisetas outrora “sindicais e esquerdistas” e abraçou-se com ambos colegas, chegando a produzir até rumores maldosos que ela teria um affair com Renan, e quanto a Sarney, o histórico celinho.
LHS tem compromisso com a sua tríplice aliança até o momento em que obter o consórcio para assegurar o apoio ao Senado, eventualmente, se não tiver sucesso unindo novamente as três poderosas siglas o caminho mais inteligente será construir no PSDB e DEM o segundo voto para senador, com isso garantiria por tabela a estratégia de estar consolidado para uma das vagas, o PMDB certamente cerraria fileiras no seu nome.
E a pesquisa Mapa? Sim, é uma grande justificativa para LHS dizer que é preciso estarem unidos para que as candidatas da oposição não prosperem. Entretanto, podemos avaliar da seguinte forma, o PP de Ângela Amin tem afinidades com DEM e PSDB, e os diálogos estão abertos, já o PT de Ideli Salvatti, trabalha para que o PMDB faça parte de sua coligação, afinal anda há passos largos uma aliança nacional entre estas duas legendas. Mesmo inexistindo a verticalização, não seria mais vantajoso aos “MDB Catarina” uma aliança com o PT? Assim a divisão em eventual vitória dos cargos para compor o futuro governo ficariam restritos a eles dois, e mais, vitaminando o palanque da Dilma Roussef, os cargos federais em Santa Catarina certamente entrariam nas negociações, isso não é pouco, ainda mais tendo o vice na chapa para a sucessão de Lula, e há de ser lembrado que em 2006, o governador suplicou aos petistas do interior, que votassem nele e em Lula.
O governador então tem o dever de manter o consórcio que o elegeu, entretanto, se o PMDB entender que poderá se fortalecer em consonância com o cenário nacional, o dilema acabará aqui. Luiz Henrique terá a gratidão de democratas e tucanos por ter cumprindo fidedignamente com sua palavra, e eles saberão que quem se retirou não foi ele, e sim seu Partido que hoje ainda é comandado por Pinho Moreira, indicações que o 15 para o Senado Federal poderá ser a segunda opção de PSDB e DEM.
O governador é vaidoso, gosta de afagos, e muitas vezes usou estes artifícios para declarar uma coisa esperando outra, foi assim em 2002, quando começou no palanque de Zé Serra e no meio do caminho pulou pro de Lula, e em 2006, pouco ligou para a candidatura à Presidência da República, somente começou a agir quando o ex-governador Esperidião Amin lhe empurrou para o segundo turno e o fenômeno Lula dava a senha para adesão petista na disputa em Santa Catarina, nesta oportunidade abraçou-se com todos, mas nas internas foi ao encontro da máquina partidária do PT, sobretudo no oeste, onde PMDB e o Partido do então candidato derrotado José Fritch tem mais afinidades.
O que será aqui no estado, se o PMDB estiver na tríplice aliança, com DEM e PSDB, enquanto o Partido do governador fazer dobradinha com o candidato de Lula? LHS terá mais facilidades de fazer uma aliança informal com Pavan e Colombo, a militância do seu Partido não receberia bem estas dúbias posições do possível candidato ao Senado do 15, produzindo até um efeito desastrosamente contrário, onde emedebistas liberariam o voto ou aderindo a um candidato de esquerda.
A posição do PSDB e do DEM é muito confortável, eles tem um aro grande para composições, desde unindo-se em torno de um projeto que alinhe as questões nacionais, até correrem soltos e ainda, quem sabe, atrair a “dona Ângela” que hoje está na frente com as intenções de voto, seguida de seu marido, Esperidião, que mesmo na geladeira, está palmo a palmo com o Luiz Henrique, exímio investidor em publicidade e vitrine.
Eduardo Pinho Moreira vai querer usar a máquina Partidária super poderosa a seu favor, mesmo que seja prá produzir o segundo turno, isso está claro, ou para compor onde mais vantagem terá, o jogo é dele, não mais de LHS, que vai para o Senado, e deverá aceitar o que a convenção de 2010 definir. Assediado pelo Palácio do Planalto (não podemos esquecer que a senadora Ideli Salvatti é porta voz do governo Lula no Congresso), o Moreira foi a público em dois momentos distintos de crise política, onde defendeu abertamente, na primeira vez, o então presidente do Senado, senador Renan Calheiros, e posteriormente José Sarney. Ideli rasgou suas camisetas outrora “sindicais e esquerdistas” e abraçou-se com ambos colegas, chegando a produzir até rumores maldosos que ela teria um affair com Renan, e quanto a Sarney, o histórico celinho.
Alinhamento
O PMDB nacional praticamente definiu durante jantar da cúpula da legenda, a decisão de lançar um peemedebista para concorrer à vice-presidência da República na chapa da ministra Dilma Rousseff que vai disputar o Palácio do Planalto em 2010 pelo PT. Sócio majoritário do consórcio governista, o PMDB exigiu de Lula que seja acomodada em pratos limpos a aliança do partido com a candidatura de Dilma. É provável que o PMDB formalize até o início de novembro a aliança com os petistas, mas o comando nacional já decidiu que vai indicar um nome para a vice-presidência, coisa formal, pública e imediata. Passa pela reafirmação de que o posto de vice caberá ao PMDB. Um compromisso que, por ora, só foi assumido de gogó.
O PMDB exigiu, de resto, que sejam fixadas desde logo as regras que nortearão os acertos e os desacertos nos Estados. Nada muito complicado. Deseja-se escorar o apoio a Dilma em três escassas premissas:1. Onde for possível, o PMDB apoiará os candidatos do PT aos governos estaduais; 2. Noutros Estados, o PT apoiará os candidatos do PMDB; 3. Nas províncias em que a conciliação se mostrar impossível, haveria dois palanques pró-Dilma. Lula e a candidata dispensariam tratamento igualitário aos aos dois lados, ou seja, em Santa Catarina, se não houver casamento, a cúpula nacional do PMDB exigirá palanque próprio ao governo. Cotado para ser lançado a vice-presidente na chapa de Dilma, Temer preservou-se dizendo que o nome só sai no ano que vem. Não houve vozes dissonantes. Todos referendaram a delegação para que Temer levasse a Lula as inquietações do partido. De novo, uma tentativa de adiantar o calendário. Na estratégia que fora esboçada por Lula, o governo daria primazia ao acerto com o PMDB.
O Partido, agora, vai esperar a definição de chapas dos adversários da ministra, antes de anunciar o perfil do peemedebista que será indicado para vice. O presidente da Câmara. Michel Temer, é porta-voz da ala governista do partido, favorável à aliança com Dilma em 2010. E é também o nome cotado. Além de Temer, são cotados para disputar a vice-presidência na chapa de Dilma o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, recém-filiado ao PMDB e o ministro Hélio Costa. Espera-se concluir o trabalho até o final do ano, de modo a entrar 2010 com um feixe de idéias que dêem consistência programática a Dilma.
O PMDB nacional praticamente definiu durante jantar da cúpula da legenda, a decisão de lançar um peemedebista para concorrer à vice-presidência da República na chapa da ministra Dilma Rousseff que vai disputar o Palácio do Planalto em 2010 pelo PT. Sócio majoritário do consórcio governista, o PMDB exigiu de Lula que seja acomodada em pratos limpos a aliança do partido com a candidatura de Dilma. É provável que o PMDB formalize até o início de novembro a aliança com os petistas, mas o comando nacional já decidiu que vai indicar um nome para a vice-presidência, coisa formal, pública e imediata. Passa pela reafirmação de que o posto de vice caberá ao PMDB. Um compromisso que, por ora, só foi assumido de gogó.
O PMDB exigiu, de resto, que sejam fixadas desde logo as regras que nortearão os acertos e os desacertos nos Estados. Nada muito complicado. Deseja-se escorar o apoio a Dilma em três escassas premissas:1. Onde for possível, o PMDB apoiará os candidatos do PT aos governos estaduais; 2. Noutros Estados, o PT apoiará os candidatos do PMDB; 3. Nas províncias em que a conciliação se mostrar impossível, haveria dois palanques pró-Dilma. Lula e a candidata dispensariam tratamento igualitário aos aos dois lados, ou seja, em Santa Catarina, se não houver casamento, a cúpula nacional do PMDB exigirá palanque próprio ao governo. Cotado para ser lançado a vice-presidente na chapa de Dilma, Temer preservou-se dizendo que o nome só sai no ano que vem. Não houve vozes dissonantes. Todos referendaram a delegação para que Temer levasse a Lula as inquietações do partido. De novo, uma tentativa de adiantar o calendário. Na estratégia que fora esboçada por Lula, o governo daria primazia ao acerto com o PMDB.
O Partido, agora, vai esperar a definição de chapas dos adversários da ministra, antes de anunciar o perfil do peemedebista que será indicado para vice. O presidente da Câmara. Michel Temer, é porta-voz da ala governista do partido, favorável à aliança com Dilma em 2010. E é também o nome cotado. Além de Temer, são cotados para disputar a vice-presidência na chapa de Dilma o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, recém-filiado ao PMDB e o ministro Hélio Costa. Espera-se concluir o trabalho até o final do ano, de modo a entrar 2010 com um feixe de idéias que dêem consistência programática a Dilma.
*Alisson Luiz Micoski, presidente da JPS-SC e membro da Executiva do PPS/SC
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