Em 2004, ela foi eleita vereadora por São Paulo. Em 2006, tentou ser deputada federal, mas não teve votos suficientes. Em 2007, deixou o Partido dos Trabalhadores (PT) e se filiou ao Partido Popular Socialista (PPS). Na época, ela disse estar desiludida com o PT, e passou da base para um partido de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2008, disputou as eleições para a Prefeitura de São Paulo, obtendo 266.978 votos, 4,19% dos votos válidos, e foi a quinta candidata mais votada.
Ela disse que o lançamento de sua pré-candidatura não atrapalha a aliança que o PPS tem com o PSDB e o DEM, que também devem ter candidatos próprios para o governo de São Paulo. "Desde que disputei Prefeitura, essa autonomia de voo do PPS já estava estabelecida. A gente tinha representantes do PPS na administração municipal e o fato de anunciar candidatura própria não interferiu. O mais importante é saber separar trabalho na administração pública da campanha eleitoral", destacou. "Não é uma novidade nem para o prefeito Gilberto Kassab nem para o governador José Serra ter de lidar com isso. O PPS tomou pra si o direito de disputar eleições e de apresentar suas propostas."
O lançamento oficial de sua candidatura deve ocorrer durante as convenções do partido, em junho do ano que vem. Sobre como administrar uma campanha de porte estadual, Soninha é realista. "Vamos aproveitar os grandes centros e regiões metropolitanas do Estado como base. Não adianta ter a pretensão de visitar centenas de municípios, mas tenho que estar disponível em diversas regiões e aproveitar muito cidades universitárias. Provavelmente essas pessoas já tem interesse de saber o que pretendo se eleita governadora", disse.
O estilo mais informal adotado na disputa municipal no ano passado deve ser mantido. "Temos algumas prefeituras no interior, em cidades importantes, como Campos do Jordão. Temos o vice-prefeito em São Sebastião e o prefeito em Ilhabela, além de sermos parte de alianças vencedoras. Mas nossos palanques não dependem muito de prefeituras ou de prefeitos locais nos receberem. Gosto mais de debate com 50 pessoas do que discurso para 500. Se as pessoas vão a um comício já estão decididas. Prefiro conquistar os votos", opinou.
O lançamento da pré-candidatura de Soninha ocorreu na capital paulista, em solenidade com a presença do presidente nacional do partido, Roberto Freire, deputados e vereadores da legenda. "Com Soninha, o PPS não está colocando uma candidatura meramente para marcar a sigla, mas com um propósito e um objetivo de melhorar cada vez mais a política por meio das ideologias do partido", disse Freire.
Durante o evento, o jornalista José Hamilton Ribeiro também se filiou ao partido. "Fico lisonjeado que em um período de degradação do cenário político uma pessoa como o José Hamilton veja esperança e se filie agora ao partido", afirmou Freire.
Agência Estado
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