domingo, 12 de julho de 2009

JPS-SC ENTREVISTA

Entrevista com Wesley Collyer,Pré-candidato ao Senado pelo PPS
No último dia 27 de junho, o Congresso Estadual do PPS escolheu como pré-candidato ao Senado o Juiz aposentado e professor universitário, Wesley (com prefere ser chamado). Dono de vastíssimo currículo (www.wesleycollyer.blogspot.com), esley é ferrenho defensor da Ética e do combate à corrupção em todos os níveis.

Entrevista com o pré-candidato pelo PPS de Santa Catarina, ao Senador Federal:
JPS – O Brasil é um país corrupto?
Wesley – Infelizmente sim. Há muito se fala isso. Mais recentemente, em 1997, durante o segundo mandato de FHC, o Departamento de Comércio Americano, escreveu: "A corrupção é endêmica na cultura brasileira". Nosso Governo protestou e eles corrigiram para difundida, comum, o que é quase a mesma coisa. A ONG Transparência Internacional, que pesquisa a corrupção nos países, não afirma que é endêmica, mas mostra um índice próximo disso, considerando todas as atividades, não apenas a política. Os constantes e sucessivos escândalos também provam isso. E, por fim, o que se vê no Senado da República não deixa dúvidas.

JPS – É possível mudar isso?
Wesley – Claro! Ou temos que assistir o desaparecimento do Brasil como nação organizada? A solução está na atitude dos cidadãos de bem. Somos depositários de direitos de cidadania; e, sem cidadãos não existe política, partidos, Estado nem democracia. Sem a vontade soberana do povo, as instituições falecem e os corruptos se locupletam. Então, temos que agir.

JPS – O que o cidadão pode fazer, além de se indignar e esperar a nova eleição?
Wesley – Acredito que é hora de se criar o Disque-Corrupção, nos mesmos moldes do Disque-Denúncia, hoje imprescindível para a Polícia. De preferência um 0800 estampado nos ônibus e locais públicos. O procedimento permitiria ao cidadão comum, com um simples telefonema, levar ao conhecimento da autoridade informação sobre desconfiança de enriquecimento ilícito de funcionário público (inclusive aquele que exerce função pública temporária) que fizer gastos em desacordo com seus proventos.

JPS – Mas os estados já têm a Ouvidoria-Geral e a União tem a Controladoria-Geral, que recebem denúncias...
Wesley – Sim, mas não facilitam a denúncia; ao contrário, fazem alertas que inibem o denunciante e recomendam a sua identificação. Pedem muitas informações e pior, a simples utilização do computador já permite sua identificação – o que certamente provoca receio em quem queira fazer denúncia contra poderosos. Eu pergunto: por que não o Disque-Denúncia como molde? Aliás, Santa Catarina poderia inovar: criar o disque-corrupção (e também os municípios!), dar publicidade ao número e encorajar as denúncias. O importante é informar à autoridade; ela deve ter meios de apurar com o devido cuidado, mas de forma efetiva. Se a denúncia pudesse ser feita por telefone, será que a mansão do Diretor do Senado teria sido construída?...

JPS – E quanto ao combate à corrupção através do voto?
Wesley – Só o voto ético muda o Brasil. E o que é o voto ético? Isso é assunto para outra conversa...

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