quinta-feira, 9 de julho de 2009

Coluna Pelo Estado

O tempo das obras e cobranças em SC


A cobrança de pedágio na BR-101 Sul, em Palhoça, colocou no bolso do cidadão o emblema do desalinho entre promessas e resultados das obras públicas em Santa Catarina. Se o Brasil não é a Suíça e, portanto, a velocidade exigida do PAC não deveria ser comparável àquela de um “país perfeito”, como alegou esta semana a ministra Dilma Rousseff, também deveria ser ajustado o relógio da contrapartida civil. Não é por menos que o prefeito da Palhoça e presidente da Fecam, Ronério Heiderscheidt, confia que chegou a hora do presidente da Associação Nacional de Transportes Terrestres, Bernardo Figueiredo, que participa hoje, às 9h, de audiência na Assembleia Legislativa, em Florianópolis, anunciar alguma solução. “Quem lançou o edital foi a ANTT e ele tem de se predispor a fazer um aditivo, uma mudança na licitação isentando o povo da Palhoça, isentando o sentido Norte-Sul ou vai ficar para sempre com este problema”, afirma, recompensado, porque o “grito” do município agora faz eco no Parlamento. Heiderscheidt aponta que a ANTT, o Dnit, a construtora OHL e o Ministério dos Transportes, para não deixar ninguém fora, cometeram um “erro crucial” quando resolveram mudar o endereço da praça de pedágio do quilômetro 246, na divisa com Paulo Lopes, para o quilômetro 221. Na intenção de retardar a construção de nove obras de arte como o túnel do Cambirela e antecipar a operação da praça de pedágio, mudaram a localização e, de novo, equivocaram-se, por esquecer dos 3,5 quilômetros que ainda não estava duplicados até o Trevo do Aririú. Tudo mesmo é questão de tempo, inclusive as eleições.



(frase):

“Esta é a quinta praça de pedágio na BR-101 e não se ouviu falar de problema em Curitiba, Garuva, Araquari ou Porto Belo. O problema é a da Palhoça e não é porque não prestamos ou somos encrenqueiros, mas porque a praça está no lugar errado, dividiu e freou o município” _ Ronério Heiderscheidt (PMDB), que volta de São Paulo, onde acompanhou bem sucedida cirurgia cardíaca da sua mulher, Dirce, para participar da audiência do Fórum Parlamentar Catarinense


aprendizado empresarial

O superintendente do Sebrae-SC, Carlos Guilherme Zigelli, reuniu ontem quilate econômico e quociente político na inauguração do Centro de Educação Empresarial de Florianópolis. Lembrou que o pequeno empresário atua sozinho e precisa de estímulo e conhecimento para manter ou iniciar negócios. “O empreendedor desafia a si mesmo e a todos o tempo inteiro para manter o empreendimento.” O presidente nacional do Sebrae, Paulo Okamotto, reconheceu que SC é um dos mais empreendedores do País e brincou que só não manda mais recursos porque não são solicitados.


Exigência

s duplicações da BR-101 Sul e da 470, a ampliação do Aeroporto Internacional Hercílio Luz e as obras do Porto de Itajaí estão entre as prioridades da indústria em SC. Nenhuma novidade. São obras previstas no PAC, mas que estão atrasadas. “Esperamos que os governadores entendam, acordem e vão atrás, mesmo que seja obra federal”, deu o recado o presidente da Fiesc, Alcantaro Corrêa, na reunião do Codesul.


Reparo

governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), reclamou com Alcantaro Corrêa por ter esquecido de incluir seu Estado na proposta de inclusão de R$ 6 bilhões no Orçamento Geral da União 2010 para infraestrutura na Região Sul.


Bem fácil

deputado Valmir Comin (PP) tratou com colegas do PP e do PMDB e com representantes da Região Carbonífera de uma equação mais justa para o retorno do ICMS do gás natural em SC. Hoje, ainda que as cerâmicas do Sul sejam as principais consumidoras, o movimento econômico fica concentrado na Capital, sede da SC Gás. Bastaria que a legislação estadual fosse adaptada à federal, caracterizando o gás como fonte de energia, igual as demais, concluíram.


Acessos

governador Luiz Henrique da Silveira assina hoje em Chapecó convênio entre a SDR e o Dnit para duplicação do acesso à BR-282. O Estado entra com R$ 10 milhões, o governo federal com R$ 39 milhões e a prefeitura com o projeto técnico. Ontem, o secretário regional Luciano Buligon se antecipou e lançou o edital de pavimentação do último trecho dos 54 acessos municipais prometidos pelo peemedebista no início do primeiro mandato. São 9,8 quilômetros que faltavam na ligação para Paial.


Do leitor

ilberto de Castro Moreira contesta o argumento do governador LHS e do secretário Paulo Bauer sustentado em webconferência com as SDRs esta semana sobre ganhos salariais da categoria. O professor de Nova Trento explica que a correção anual do pagamento mínimo de R$ 1.020 deveria se dar pelo percentual de reajuste do Fundeb, que foi de 19%, estabelecendo um valor mínimo nacional de R$ 1.350. Sem contar que “penduricalhos” como abono, prêmio educar e etc, não incorporam o salário, não incidem sobre férias, 13º, aposentadoria, de modo que, na sua opinião, não fazem parte do piso salarial. “Vamos ter de esperar decisão do STF”, indica.


Adriana Baldissarelli/Florianópolis

Nenhum comentário: