O Senado paga o preço da candidatura Tião Viana.
De que adianta o líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), afirmar que Fernando Collor (PTB-AL) foi eleito para a presidência da Comissão de Insfraestrutura do Senado devido a uma "aliança espúria". Nada. Mas considerando-se que o PMDB e o PTB são da base do governo no Senado podemos entender que o Mercadante está dizendo que uma "aliança espúria" dá apoio ao governo Lula. Os senadores Renan Calheiros e Fernando Collor servem para dar apoio ao governo Lula, mas quando enfrentam o PT no parlamento são espúrios. É isso?
De que adianta o PT estrebuchar o respeito à regra da proporcionalidade. Nada. O partido, quarta bancada no Senado, tentou eleger o presidente da Casa. Que moral têm os petistas para reclamar? Não dá para respeitar a proporcionalidade e exigir respeito a ela ao sabor da conveniência.
A senadora Ideli Salvatti (PT-SC), na verdade, é vítima da candidatura do senador Tião Viana (PT-AC) à presidência do Senado. Ao insistir na sua candidatura, e ser derrotado, os petistas expuseram suas fragilidades orgânicas no Senado. Os senadores petistas parecem que não aprenderam lição básica da política: para vencer tem que ter mais força que seu oponente. A quarta bancada desrespeitou a proporcionalidade ao disputar a presidência da Casa e recebeu o troco. Se os petistas tivessem respeitado a regra da maior bancada teriam garantido para si a Comissão de Infraestrutura do Senado. É comum se dizer que não existe almoço grátis quando se trata de economia. Os petistas descobriram que na política também não tem almoço grátis. Ao final do banquete é preciso pagar a conta.
Fonte: Blog do colunista Ilimar Franco
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