Documento reservado enviado pelo Associação dos Magistrados Catarinenses aos 49 desembargadores do Tribunal de Justiça, a que o blogo teve acesso, pede para que os magistrados não votem no advogado Adriano Zanotto, um dos seis integrantes da lista da OAB pelo quinto constitucional. A revelação ocorre às vésperas da entrevista com os indicados pela Ordem, marcada para esta segunda, e há dias da escolha da lista tríplice - que ocorrerá na quarta-feira.
No documento, a AMC considera mais uma vez que declarações de Zanotto, feitas durante o período em que ele presidiu a seccional da Ordem, desabonaram a atuação dos magistrados de 1º grau. Além disso, pondera que há irregularidades nas prestações de contas da OAB à época de que era presidida por Zanotto. Até o fator político aparece como argumento para que os desembargadores evitem o nome do advogado, pois o postulante a desembargador é filiado ao PMDB.
Zanotto negas as acusações e coloca que, ao fazer críticas ao comportamento de alguns juízes, sempre o fez diretamente contra profissionais que nominou. Para o advogado, o documento que era esperado, ignora que quando atuou como presidente da OAB falava em nome da entidade, de maneira "institucional". Também desmente o fato de ter contas rejeitadas. Zanotto explica que a análise dá-se defasada em todas as seccionais brasileiras, que retardam o repasse de recursos ao Conselho Federal. Alega ainda ter enfrentado a inadimplência de alguns advogados no período.
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