"Os Sindicatos e Movimentos Sociais abaixo-assinados repudiam veementemente a atitude do governo LHS de criminalizar a greve dos professores da rede estadual de educação, desencadeada pelo SINTE (Sindicato dos Trabalhadores na Educação de SC) no dia 05 de março.
Na falta de argumentos, o Governo apela para recursos violentos, com objetivo de intimidar a mobilização dos professores. Essa intimidação é concretizada através de ações da Polícia Militar, que segue, persegue e até invade residências de lideranças do SINTE, como ocorreu em Brusque. Também têm sido convocados batalhões especializados da corporação, como BOPE, GRT e GOE, para reprimir as manifestações da categoria, numa clara demonstração de força e autoritarismo do Governo.Tais atitudes reforçam as prática anti-democráticas adotadas por este governo, que remontam aos tempos da ditadura, ressurgindo os Atos Institucionais (AI 4 e AI 5). Esse governo não apenas se nega a negociar com os grevistas, como também inviabiliza qualquer possibilidade de diálogo com os movimentos sociais e sindicais.
O fato é que não é de hoje que o governo Luiz Henrique vem adotando práticas que seguem na contramão da democracia.
Elas já atingiram outros Sindicatos, como o SINTESPE (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual de SC), que em outubro de 2007 foi impedido de realizar Assembléia Geral em frente ao Centro Administrativo do Governo do Estado, na capital, sob pena de multa. Também usou da força bruta na repressão ao Movimento do Passe Livre, na capital em 2005/06. A PM igualmente ameaçou e prendeu lideranças sindicais do SINTRASEM (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis) em 2007, na Casa da Cidadania. E recentemente, ignorou a semana de manifestação que precedia o dia Internacional das mulheres trabalhadoras do campo e da cidade, realizada em Florianópolis no dia 08 de março, que cobrava uma pauta entregue ao governo do estado no ano de 2007, e, não cumprida desde. São atitudes inadmissíveis por parte de quem gerencia um estado como se fosse propriedade particular. Esquecem-se que assumem um mandato eletivo de quatro anos e que, nesse período, devem governar tendo em vista as necessidades dos cidadãos e cidadãs, e não seus interesses pessoais e de grupos particulares. Afinal, a quem interessa reprimir a mobilização e a livre manifestação das trabalhadoras, trabalhadores e movimentos sociais? Com certeza, não interessa à opinião pública, mas sim aos governantes de plantão que temem o pleno exercício da democracia e da livre expressão. Se há greve, é porque o governo não negocia, não recebe os trabalhadores e não atende ao mínimo das reivindicações da categoria. Um governo que só em 2006 fez a opção de renúncia fiscal na ordem de R$ 2 bilhões deve ter muitos recursos em caixa. Porquê não atender a pauta de reivindicação dos trabalhadores da Educação?
Movimentos Sociais e Sindicais Assinam: SINTESPE – SINJUSC – SINDALESC – SINTRASEM - APRASC –– SINTE – CUT – AFALESC – SINDSAÚDE – CTB – UBM – MMTU – MOVIMENTO HIP/HO - MMC - MOVIMENTO PELA DEFENSORIA PÚBLICA – MST – SINDASPI –SINTAEMA – SINDPD –AFIPOLESC – ACP – SINERGIA – SINTRATURB - MOVIMENTO EM DEFESA HEMOSC/CEPON PÚBLICOS."
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