Entre itens comparados há diferenças de até 259,28%
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado realizará audiência pública na próxima terça-feira, em Brasília, para debater os preços dos serviços bancários e as diferenças de nomenclatura para serviços similares. O convidado para a audiência, agendada para as 10h, é o presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Fábio Colletti Barbosa, segundo a Agência Brasil.
Os senadores querem informações principalmente sobre a disparidade de preços dos produtos e serviços, todos eles reajustados bem acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), segundo pesquisa da Fundação Procon, de São Paulo, com dez instituições financeiras: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, HSBC, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander Banespa e Unibanco. Em razão da diversidade de nomenclatura dos serviços, que dificulta a comparação das tabelas de "pacotes/cestas" entre os bancos, a pesquisa do Procon-SP se concentrou em alguns itens básicos, como renovação de cadastro, manutenção de conta e de cartão magnético, renovação de cheque especial, remessa domiciliar de talão de cheques, extrato e saque em terminal eletrônico de auto-atendimento.
A pesquisa constatou que dentre os itens comparados há diferenças de até 259,28% na manutenção do cartão magnético de conta corrente especial. Enquanto o Banco Safra cobra R$ 1,67 por mês, a Nossa Caixa cobra R$ 6 pelo mesmo serviço. O levantamento do Procon-SP pesquisou os preços dos serviços entre fevereiro de 2006 e fevereiro deste ano, período no qual o IPCA ficou abaixo de 3,5%, mas os reajustes médios para os serviços bancários ficaram todos muito acima. A renovação de cadastro da pessoa física aumentou 12,89%, a manutenção da conta corrente com cheque especial mensal ficou 13,87% mais cara, o talão de cheques entregue em casa encareceu 15,94%, a renovação de cheque especial trimestral ficou mais cara 9,06% e a manutenção do cartão magnético teve o menor acréscimo, 4,38%. Existem, porém, aumentos mais substanciais em serviços que não entraram na pesquisa. Caso da cobrança de títulos por boleto bancário.
Em agosto último, o Banco do Brasil passou a cobrar R$ 5 por cada título pago em suas agências, com aumento de 46,86% sobre os R$ 3,50 tarifados anteriormente das empresas, com o agravante de cobrar também R$ 1,50 por cada aviso de cobrança.
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