sexta-feira, 7 de setembro de 2007

NESTE DIA DE INDEPENDÊNCIA


A atual crise política que nosso país vem passando – com denúncias de corrupção e envolvimento de políticos em escândalos – sugere a todos os brasileiros, e em especial aos jovens, uma reflexão, sobre o atual quadro político e a necessidade de ética por parte destes representantes.
Para iniciar, partamos de um pressuposto, que teoricamente deveria ser uma verdade universal: de qualquer político, se espera o espírito coletivo. Todas suas lutas, sua batalha para alcançar o poder, deveria ter como finalidade a defesa do bem público e jamais interesses pessoais. Porém, isto vira contradição ao abrirmos os jornais e revistas e a cada dia um novo escândalo, um novo caso de corrupção, uma nova frustração para um povo que parece já não duvidar daquilo que seria considerado inaceitável para uma sociedade dita “racional”.
Mas, neste cenário pelo qual nosso país passa, o que seria ser ético? Ter ética é ter caráter, é construir a realidade a partir das relações dos seres humanos na sociedade onde é indispensável o uso da consciência e a responsabilidade.
Em recente pesquisa feita sobre quais as instituições que mereceriam maior credibilidade no Brasil, os políticos ficaram em último lugar. Esta pesquisa certamente refletiu a visão que se tem dos atuais políticos, em especial dos envolvidos com os desmandos divulgados. A política e o nosso país devem ser preservados destas pessoas corruptas e sem moral.
Ao ver tal quadro, é importante que os cidadãos não permaneçam de braços cruzados vendo as coisas acontecerem. Indignar-se é preciso. O Brasil merece. E sobretudo precisa de cidadãos indignados, que gritem contra a maré de corrupção que infesta sua política e suas instituições para finalmente poder caminhar em direção a um futuro mais risonho , onde reinem a paz, a justiça e o direito.
Enquanto as ações da Policia Federal na capital abrem as entranhas de interesses obscuros e pouco legítimos, envolvendo personalidades publicas que ao invés de guardarem pela legalidade, ética e coerência com o bem publico, se revelam dilapidadores das leis e do meio ambiente.
Estudantes desta mesma cidade e que representam o conjunto de jovens do estado e fora dele levantam-se uma vez mais para defender o direito a pagar uma tarifa justa e humana e assim em um futuro próximo poderem contribuir com a amenização das desigualdades, infelizmente, as cenas se repetem, onde o poder constituído exerce a repressão das manifestações e asseguram que alguns lucrem sobre a grande maioria.
Há de se defender o Estado Democrático de Direito e a Constituição Brasileira, entretanto, a juventude, assim como todos os cidadãos que assistem de forma continua o assalto e muitas vezes a falta de honra de pessoas publicas, pugnam por uma Justiça menos burocrática e corporativa, que muitas vezes passa a impressão de agir conforme os contornos de seus próprios interesses e insensível na constante sangria do patrimônio publico.
Por um Ministério Publico dotado de mais agentes que não sejam alcançados pelo vislumbramento de holofotes e da mídia.
Enfim, que a juventude, participe desta sociedade que diariamente se encontra em aparente sangria em seus direitos e na sua honra, saibam se organizar no ímpeto e inconformismo desta fictícia apatia coletiva, e que dentro de suas entidades, organizações e instituições de ensino em geral, também lutem pela ética e respeito aos direitos da coletividade.
Porque a juventude, que diariamente depara-se com esta situação, não consegue ficar impassível. A juventude que sempre na história do Brasil teve papéis importantes, como a defesa da retomada do Estado Democrático em pleno Regime Militar, o apoio as Diretas Já, dos cara-pintadas, e tantos outros quadros de belas e legitimas lutas, neste momento vem a público exigir ética, exigir princípios e valores. Vem também, conclamar a toda a juventude do Estado de Santa Catarina e do Brasil, para estar vigilante, atenta aos desdobramentos, e que tenhamos a maturidade suficiente que falta a muitos políticos para construir um pais mais ético e de justiça social.




Juíza Denise Frorssad
Professor Sérgio Grando (Deputado Estadual)
Dercio Augusto Knop (Presidente de Honra da JPS/SC)
Guilherme Pontes (Presidente da JPS/Florianópolis)
Alisson Luiz Micoski (Diretor da União Catarinense de Estudantes)
Marcos (Instituto Estadual de Educação)
Nayara Veronese (Vice presidente do DCE da Unisul – Grande Florianópolis)
Cléber de Oliveira Rodrigues (Secretário Geral da Pastoral da Juventude)
Bruno Marques (Diretor da União Catarinense de Estudantes Secundaristas)
José Dantas (Instituto Estadual de Educação)
Marinês dos Santos (Líder Comunitária)
Lucas Ferreira (Estudante de Geografia da UDESC)
Leandro Damásio (Centro Acadêmico de Administração da UDESC/ESAG)

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