Avaliação é de que eventual cassação de Renan pode criar clima de desconfiança entre partidos da base
Partem da equipe econômica os sinais de maior apreensão pelo futuro político do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), às vésperas do julgamento do parecer do Conselho de Ética que recomenda sua cassação. Integrantes do eixo Fazenda-Planejamento defendem a permanência de Renan no cargo.
Em conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esses assessores defendem a tese de que o melhor cenário para aprovar a proposta que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) é com Renan sentado na cadeira de presidente do Congresso.
Um senador do PT com trânsito no gabinete presidencial explica que a preocupação não é de caráter pessoal, com o destino de Renan. Segundo ele, o temor do governo é de que a eventual cassação do presidente do Senado crie um clima de desconfiança entre os partidos da base e tumultue ainda mais o ambiente político.
Economistas do governo avaliam que a permanência de Renan no cargo é o caminho mais cômodo para aprovar a CPMF porque não cria instabilidade no PMDB, que é o maior partido governista no Senado, nem na base aliada. A eventual renúncia ao cargo (especula-se que para assegurar sua absolvição ele abriria mão do comando do Senado na seqüência do julgamento)também não é bem vista. Não interessa ao Planalto abrir disputa no PMDB pela cadeira de presidente do Senado, porque negociar a CPMF em meio à sucessão no Congresso dificultaria ainda mais a vida do governo. Para ser prorrogada até 2011, como deseja o governo, a CPMF precisa ser aprovada em dois turnos por três quintos de cada Casa.
Um ministro que acompanha cada lance do processo contra o presidente do Senado diz que o mais confortável para o governo é continuar com ele. Mas observou que, em caso de cassação, a negociação prosseguirá normalmente com o sucessor. No pragmatismo da relação entre o Planalto e o Congresso, esse ministro acredita também que, seja ou não inocentado pelo Senado, Renan não tem nenhuma “conta” a cobrar do governo - pois não poderá se queixar de falta de apoio.
A avaliação predominante no Planalto e na equipe econômica é de que, em qualquer circunstância, será muito difícil arrancar do Congresso a prorrogação da CPMF sem uma contrapartida para Estados e Municípios.
O ministro acrescenta que, em todas as reuniões políticas e de governo em que se falou do caso Renan, o presidente foi solidário com ele. Lembra que Lula fez até manifestações públicas em sua defesa e considera que, se for absolvido pelo plenário, Renan terá de reconhecer isso.
Mais do que ter um presidente do Senado grato ao governo, contudo, o que pode ser útil ao Planalto é um chefe de Poder aliado e enfraquecido. Até a equipe econômica avalia que Renan não terá a mesma força política que teve antes do escândalo, se escapar do processo. E considera que isso será melhor para o governo.
Em conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esses assessores defendem a tese de que o melhor cenário para aprovar a proposta que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) é com Renan sentado na cadeira de presidente do Congresso.
Um senador do PT com trânsito no gabinete presidencial explica que a preocupação não é de caráter pessoal, com o destino de Renan. Segundo ele, o temor do governo é de que a eventual cassação do presidente do Senado crie um clima de desconfiança entre os partidos da base e tumultue ainda mais o ambiente político.
Economistas do governo avaliam que a permanência de Renan no cargo é o caminho mais cômodo para aprovar a CPMF porque não cria instabilidade no PMDB, que é o maior partido governista no Senado, nem na base aliada. A eventual renúncia ao cargo (especula-se que para assegurar sua absolvição ele abriria mão do comando do Senado na seqüência do julgamento)também não é bem vista. Não interessa ao Planalto abrir disputa no PMDB pela cadeira de presidente do Senado, porque negociar a CPMF em meio à sucessão no Congresso dificultaria ainda mais a vida do governo. Para ser prorrogada até 2011, como deseja o governo, a CPMF precisa ser aprovada em dois turnos por três quintos de cada Casa.
Um ministro que acompanha cada lance do processo contra o presidente do Senado diz que o mais confortável para o governo é continuar com ele. Mas observou que, em caso de cassação, a negociação prosseguirá normalmente com o sucessor. No pragmatismo da relação entre o Planalto e o Congresso, esse ministro acredita também que, seja ou não inocentado pelo Senado, Renan não tem nenhuma “conta” a cobrar do governo - pois não poderá se queixar de falta de apoio.
A avaliação predominante no Planalto e na equipe econômica é de que, em qualquer circunstância, será muito difícil arrancar do Congresso a prorrogação da CPMF sem uma contrapartida para Estados e Municípios.
O ministro acrescenta que, em todas as reuniões políticas e de governo em que se falou do caso Renan, o presidente foi solidário com ele. Lembra que Lula fez até manifestações públicas em sua defesa e considera que, se for absolvido pelo plenário, Renan terá de reconhecer isso.
Mais do que ter um presidente do Senado grato ao governo, contudo, o que pode ser útil ao Planalto é um chefe de Poder aliado e enfraquecido. Até a equipe econômica avalia que Renan não terá a mesma força política que teve antes do escândalo, se escapar do processo. E considera que isso será melhor para o governo.
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