quinta-feira, 27 de setembro de 2007

OPOSIÇÃO ANALISA FALTA DE CAIXA NO GOVERNO DE SC

Deputados questionam o inchaço na folha de pagamento de servidores
A declaração do secretário de Administração, Antônio Gavazzoni, de que o governo do Estado está praticamente sem espaço para manobras na folha de pagamento de quase 123 mil servidores repercutiu entre deputados na Assembléia Legislativa. O deputado Pedro Baldissera, líder do PT, afirmou que o inchaço na folha ocorreu por causa da multiplicação das Secretarias de Desenvolvimento Regional. – É um verdadeiro cabide de empregos – disparou. O parlamentar alega que elas consomem R$ 165 milhões por ano e que se o dinheiro fosse rateado entre os municípios, daria mais de R$ 2 milhões para cada um, ao longo da administração de Luiz Henrique. Gavazzoni afirmou na terça-feira, entretanto, que os cargos em comissão nas SDRs consumiram apenas 0,8% dos R$ 345 milhões empregados em salários no mês de agosto. O deputado Amauri Soares (PDT) considerou equivocadas as declarações do secretário sobre a suspensão das negociações por aperto nos recursos. Afirmou que desejar baixar de 46,55% para 40% a 42% o comprometimento da arrecadação com salários é uma declaração política. O deputado Manoel Mota, líder do PMDB, minimizou a pressão oposicionista. Alegou que há controle dos gastos e que a pouca margem de manobra do momento ocorreu pelos reajustes salariais concedidos em anos anteriores. Mota disse que as perspectivas são de recuperação da capacidade de investimento, porque a arrecadação cresce mês após mês e porque o governo estaria promovendo ações, como a venda de imóveis, que trariam mais dinheiro ao caixa. O deputado Jorginho Mello (PSDB) considera a situação controlada. São pequenos os ajustes a fazer, comentou. O tucano defendeu as SDRs e disse que elas não incham a folha de pagamento, porque os funcionários, exceto os diretores e os próprios secretários, são funcionários de carreira do Estado.

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