sábado, 25 de agosto de 2007


Empréstimo e perícia
Renan buscou ainda justificar a não declaração de empréstimos feitos junto uma locadora de veiculos de Tito Uchôa, que seria seu primo. Segundo a transcrição do depoimento, o senador nega o parentesco com Uchôa. "Não é meu primo. É meu grande amigo". E explica que os empréstimos foram necessários para cobrir despesas em Alagoas já que, disse Renan, o pagamento da pensão desfalcou suas finanças no estado. O presidente do Senado argumentou que não declarou os empréstimos porque poderia "expor" um problema pessoal, no caso, a pensão à jornalista. ""Esses pagamentos terminaram criando a necessidade de fazer mais uma dívida", disse o contador do senador aos relatores. Renan ainda elogiou a perícia da Polícia Federal em seus documentos, embora seu contador tenha criticado os peritos. "Em alguns momento do laudo tem opinião, não devia ter opinião", afirmou o contador.

Relatores
As notas taquigráficas revelam que, dos três relatores, coube a Casagrande comandar as perguntas. Almeida Lima (PMDB-SE), aliado de Renan, fez apenas alguns comentários, enquanto Marisa Serrano (PSDB-MS) optou, segundo a transcrição, por citações pontuais durante as falas de Casagrande. Após o depoimento na quinta, Casagrande e Marisa afirmaram que ainda havia dúvidas sobre as acusações contra Renan, enquanto Lima disse que estava convencido da inocência do senador. Os relatores prometem entregar o relatório final na próxima quinta (30). Renan afirmou aos relatores que vive um "calvário" neste crise e criticou a publicação, nos últimos dias, de conversas de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no computador durante julgamento da denúncia sobre o esquema do mensalão. "Quando você expõe nas páginas dos jornais emails que um ministro de um tribunal superior manda para outro, você está ali devassando a privacidade das pessoas, quer dizer, esses excessos precisam deixar de acontecer no Brasil".

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