BRASÍLIA. A decisão de anteontem do Supremo Tribunal Federal (STF) de acolher a denúncia contra os integrantes do mensalão transformou cinco dos 40 acusados em deputados-zumbis. Além de terem passado à condição de réus, José Genoino (PT-SP), João Paulo Cunha (PT-SP), Paulo Rocha (PT-PA), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT) enfrentarão na Câmara o desafio de impedir que o processo prejudique o exercício de seus mandatos.
Deputados governistas declaram que as vidas parlamentares dos colegas não serão alteradas porque os acusados pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, não podem ser tratados como se já tivessem sido condenados. Nos bastidores, no entanto, reconhecem a constatação alardeada pela oposição: o grupo tende a perder representatividade no Congresso.
Para o líder do PSDB na Câmara, Antonio Carlos Pannunzio (SP), a decisão do Supremo reduz a legitimidade dos cinco colegas:
- Eles terão grandes problemas, mas os grandes prejudicados são o governo do PT e seus aliados.
Ex-presidente da Casa, João Paulo Cunha tinha como objetivo se fortalecer dentro do PT e ser eleito o presidente do partido no Estado de São Paulo. Depois de ter virado réu pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e peculato, passou a ter dificuldades em obter o apoio. Já Genoino, ex-presidente da legenda, deve submergir. Foi enquadrado nos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha. Os dois não comentaram o resultado do julgamento do STF.
Paulo Rocha, ex-líder do PT na Câmara, também evita a imprensa.
- Deixa isso para a Justiça - desconversou o deputado do Pará, acusado de lavagem de dinheiro. - A minha atuação não muda.
Pedro Henry era líder do PP na época do escândalo. Enfrentará ação penal pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O deputado é conhecido por atuar nos bastidores. A assessoria de imprensa de Henry informou que ele permanecerá trabalhando na Câmara para atender às demandas das prefeituras da região Oeste do Mato Grosso e dos habitantes de Cuiabá.
Embora também relegado à difícil condição de réu (formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva), Valdemar Costa Neto mantém-se forte no PR. O deputado é respeitado pelos colegas de partido por não ter revelado a quem repassou os R$ 10,8 milhões que recebeu do esquema para garantir o apoio da legenda ao governo. Costa Neto também recusou-se a conceder entrevista. Limitou-se a dizer que não alterará sua rotina.
- O fato de alguém ser denunciado ou responder a um processo não quer dizer que está condenado. Se for condenado, aí sim a vida política dessa pessoa explode - argumentou o vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS), antes de lembrar que há muitos parlamentares respondendo a ações penais.
Deputados governistas declaram que as vidas parlamentares dos colegas não serão alteradas porque os acusados pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, não podem ser tratados como se já tivessem sido condenados. Nos bastidores, no entanto, reconhecem a constatação alardeada pela oposição: o grupo tende a perder representatividade no Congresso.
Para o líder do PSDB na Câmara, Antonio Carlos Pannunzio (SP), a decisão do Supremo reduz a legitimidade dos cinco colegas:
- Eles terão grandes problemas, mas os grandes prejudicados são o governo do PT e seus aliados.
Ex-presidente da Casa, João Paulo Cunha tinha como objetivo se fortalecer dentro do PT e ser eleito o presidente do partido no Estado de São Paulo. Depois de ter virado réu pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e peculato, passou a ter dificuldades em obter o apoio. Já Genoino, ex-presidente da legenda, deve submergir. Foi enquadrado nos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha. Os dois não comentaram o resultado do julgamento do STF.
Paulo Rocha, ex-líder do PT na Câmara, também evita a imprensa.
- Deixa isso para a Justiça - desconversou o deputado do Pará, acusado de lavagem de dinheiro. - A minha atuação não muda.
Pedro Henry era líder do PP na época do escândalo. Enfrentará ação penal pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O deputado é conhecido por atuar nos bastidores. A assessoria de imprensa de Henry informou que ele permanecerá trabalhando na Câmara para atender às demandas das prefeituras da região Oeste do Mato Grosso e dos habitantes de Cuiabá.
Embora também relegado à difícil condição de réu (formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva), Valdemar Costa Neto mantém-se forte no PR. O deputado é respeitado pelos colegas de partido por não ter revelado a quem repassou os R$ 10,8 milhões que recebeu do esquema para garantir o apoio da legenda ao governo. Costa Neto também recusou-se a conceder entrevista. Limitou-se a dizer que não alterará sua rotina.
- O fato de alguém ser denunciado ou responder a um processo não quer dizer que está condenado. Se for condenado, aí sim a vida política dessa pessoa explode - argumentou o vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS), antes de lembrar que há muitos parlamentares respondendo a ações penais.
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